Estética (10 pontos):
Minos de Griffon (Edu):Fonte em bom tamanho e cores impecáveis. Embora tenha usado screens de Lost Canvas - onde a súrplice é bem mais escura, tendo como cor predominante o cinza escuro/preto em vez de púrpura - em um jogo que se passa na série clássica, isso teve pouca importância porque as cores utilizadas também aparecem bastante na súrplice da série clássica.
Total: 10/10 pontos.
Afrodite de Peixes (Lama):Fonte em bom tamanho, não atrapalha para ler. Não entendi, contudo, a cor rosa nas falas. Embora seja a cor dos lábios, é uma cor que não se sobressai na aparência geral do personagem, o que causa certa estranheza visual ao ler o turno. É difícil fazer estéticas bonitas para Gold Saints que fujam do dourado como cor predominante, sendo que as variações de estética geralmente são referentes ao tom de dourado. Concordo que o cabelo do personagem chame bastante atenção, e a cor foi acertada, mas acho que ficaria melhor como fala/pensamento, e não como narração.
[-5]Total: 5/10
Interpretação (60 pontos):
Comentário preliminar:
Sinceramente, achei um jogo fraco, bem aquém da capacidade de ambos os players – o que me surpreendeu bastante. Ambos deram importância demasiada à luta e esqueceram de efetivamente interpretar. Não vi emoções sendo trabalhadas, pensamentos sendo explorados, não vi falas que realmente tivessem conteúdo. Só vi narrações mecânicas descrevendo uma sucessão de fatos. Só. Esta proposta de jogo prejudicou muito ambos os players, o que eu acho uma pena, pois acredito que poderiam ter feito algo mais interessante.
Por que Minos estava no Santuário e não no Submundo? O que ele enfrentou antes de chegar à 12ª Casa? O que ele pensava sobre esta guerra? Como ele diagnosticava aquela situação? Estava animado por estarem em vantagem? Por que seguia Hades? Por que era importante vencer aquela guerra?
Considerando Aphrodite vivo, o que mudou para ele depois da batalha contra Shun de Andrômeda? Como estaria a relação dele com os demais cavaleiros e com Athena? Há algum arrependimento? Há algum sentimento de culpa por ter seguido o Mestre Ares depois de ver que somente o poder que ele detinha não representava a justiça que ele idealizava através da capacidade de um controle capaz de instaurar a paz? Como estava sua motivação para defender Athena nesta guerra?
Vocês entendem? Não quero colocá-los para baixo, mas, como juiz, eu devo fazer estas análises. Acho que estou sendo bastante claro nas motivações das minhas críticas, e não estou faltando com respeito com nenhum dos players.
Minos de Griffon (Edu): Em desespero a tropa se atirava para cima de Afrodite o cavaleiro de ouro da casa de peixes que naquele momento se encontrava em meio ao pórtico de sua morada (...)
Interferência na interpretação do outro player? Não há nenhum off que explique esta situação como sendo uma introdução combinada com o outro player. Aliás, é o tipo de situação que se repete muito no decorrer deste jogo.
-He! he! he! Ha! Ah! Ah! Um peixe realmente nunca consegue resistir aos encantos de um anzol. Inúteis? Não, na verdade eles acabaram sendo muito úteis para mim.
Não entendi qual é a das risadas. Trata-se de um jogo que se passa na Série Clássica, e não em Lost Canvas. O Minos tem personalidades bem distintas nestas duas fases, e deve ser seguida a personalidade coerente de acordo com a cronologia. Por mais que seja a mesma masei que tenha reencarnado, não é exatamente a mesma pessoa, no que tange a personalidade mostrada, e isso fica bem evidente ao longo do anime.
A gargalhada diabólica sobrevém concomitante a agonia dos soldados rasos confirmando a presença de mais um indivíduo que se escondia por detrás daqueles pobres infelizes.
Minos, na Série Clássica, não mostra uma personalidade diabólica e exagerada. Ele é, inclusive, bem sucinto em seus gestos e palavras.
(...) tudo aquilo não passava de uma traiçoeira armadilha planejada com todo cuidado possível.
Um dos grandes equívocos que eu vejo a maioria dos players cometer é considerar todo personagem aparentemente mais calmo e frio como um gênio das estratégias, como calculista e genial. Além de não ser necessariamente verdade, como neste caso, isso contrasta até mesmo com a confusão que o player fez ao interpretar o Minos de Lost Canvas: se ele é tão diabólico, cruel e até mesmo impulsivo, como ele seria também racional e estrategista?
Minos de Griffon a estrela maléfica da Nobreza enfim chega a esse lugarzinho repugnante, a propósito, espero não me decepcionar com uma marionete tão convencida como você.
Lugarzinho repugnante? Achei forçado. Por que Minos sentiria asco por aquele local? Poderia sentir asco dos soldados e cavaleiros “fracos” que ele e as tropas de Hades bateram, mas caracterizar um local como repugnante a troco de nada me parece mais uma tentativa de diminuir o outro lado e supervalorizar o teu. Descrever tudo que diz respeito ao lado contrário de forma pejorativa não retrata os fatos, mas os distorce. Por mais que desta vez não tenha sido na narração, por mais que tenha sido numa fala – que é uma boa forma para expressar as impressões do personagem -, eu não entendi o porquê dela. Não vejo motivo para o Minos chamar o Santuário de “lugarzinho repugnante”. Isso só deu a ele uma imagem de vilãozinho clichê e malvadão que não liga pra nada. O desprezo que o Minos mostra por certos adversários se mostra de maneira bem diversa, seja diretamente menosprezando suas capacidades, seja por ostentar seu orgulho estabelecendo um suposto contraste entre eles, seja por efetivamente insultá-los (e sem exageros).
(...) ele era maquiavélico e frio demais para calcular uma cilada como aquela. No entanto, este era apenas o início de um jogo totalmente sádico e sanguinolento, logo, o cavaleiro de ouro sentiria um leve tranco sacudir sua estrutura física como se todos os seus movimentos dependessem da vontade de outra pessoa.
Pra começar, a frase está confusa. Ao ler “ele era frio demais para calcular uma cilada como aquela”, o que eu entendo imediatamente é que por ser frio ele não conseguiria fazer tal armadilha. Por mais que eu tenha entendido o sentido que tu quis dar, é necessário cuidar com a forma como tu expressa as idéias para não acabar narrando o contrário do que tu desejava.
Outra coisa que eu não posso deixar de comentar é o exagero sobre características que não estão presentes no personagem. Lembre-se de que este é o Minos da Série Clássica, uma vez que o jogo se passa na Série Clássica. Portanto, não há essa maldade excessiva.
O terceiro ponto a ser destacado neste trecho é a invasão na narração do outro player. Quem tem que descrever o que acontece com o personagem do outro é o outro, e não tu. Além do mais, sempre há a possibilidade de o ataque não ser bem sucedido.
(...) testemunhando a batalha entre Minos e o cavaleiro de ouro que se debatia como um animal selvagem preso em uma rede para se soltar a qualquer custo.
Novamente a narração sobre o personagem alheio. E não é uma constatação sobre um fato do jogo, pois o Aphrodite não deu essa impressão neste momento. De qualquer forma, caso o Minos tivesse essa idéia sobre seu adversário, isso deveria ter sido trabalhado nos pensamentos dele, como impressão dele, e nunca como narração.
O imponente e sanguinolento juiz resolvia executar um impetuoso comando (...)
Imponente? Sim. Sangüinolento? Sinceramente, eu revi os OVAs de Hades e não vi um Minos sangüinolento. Até o sadismo dele – que existe, é bom que se diga – é demonstrado de outra maneira.
E no mesmo instante os cordéis se desembaralhavam pela frente e pelas laterais do corpo do pisciano visando capturá-lo de uma forma que o mesmo se encontrasse bem mais submisso, portanto o ergueria nos ares de modo a mantê-lo fora do alcance do solo como se estivesse pronto para virá-lo ao avesso.
Agora sim narrou direito um movimento de combate. Não impôs dano, não forçou aceitação do ataque: deixou claro o que pretendia e o que ocorreria caso desse certo.
Ih! ih! ih! ih! Cavaleiro desprezível e digno de riso.
Não entendo essa mania de sempre querer insultar os adversários quando eles mostram que não são tão merecedores destes mesmos insultos no decorrer das batalhas. Vou usar o exemplo do Aiacos, mas ele se aplica a inúmeros personagens da série: “Não acreditava que existia um homem assim entre os Cavaleiros de Bronze”. Não dá pra xingar só por xingar, né? Tudo tem que seguir uma coerência com os fatos mostrados e com o que o personagem efetivamente pensaria diante deles.
-Uma criança indefesa atirando seus brinquedos inúteis contra o homem mal que adentrou a janela do seu quarto, Ah, Ah, Ah, Ah! Eu já disse uma vez, essas rosas estúpidas não serão capazes de me deter.
-Bicho Papão
Devorador de sonhos
sai de cima do telhado
deixa em paz esse sono tristonho
deixa escorrer esse sangue coalhado
deixa fechar esse olhar tão tristonho
Para que descanse esse corpo cansado He! he! he! eh! Ah! Ah! Ah! Ah!
A canção inocente ressoava pelos ares, no entanto, era apenas uma depravada personificação de seu deboche. Afinal de contas o que realmente aquilo tudo significava? Mais um dos componentes de seu jogo sádico? As batalhas eram sempre tratadas com escárnio e gargalhadas obscenas desde o princípio. O título de crueldade ficaria sob a custódia de quem?
Não sei o que aconteceu aqui. Sinceramente, não entendi mesmo. A primeira fala me pareceu completamente forçada com o intuito de querer diminuir o outro char e enaltecer seu próprio char; nesta atitude – que, por sinal, eu condeno -, o player acabou descaracterizando totalmente seu personagem! Por mais que eu tente, não vejo possibilidade de as atitudes do Aphrodite serem tão erroneamente compreendidas a ponto de chegar nesta conclusão por parte do Minos. Não é uma fala que eu consigo imaginar saindo da boca do Minos.
A segunda fala... me desculpa, mas foi um momento bizarro no jogo. O Minos cantando isto me soa completamente inverossímil! E aí temos de novo as gargalhadas excessivas que não caracterizam o personagem da Série Clássica. Ele é debochado? Sim, até é. Entretanto, ele não é exagerado como foi mostrado no decorrer de todo o jogo: ele é mais comedido na forma de falar, tem uma risada mais abafada, fala geralmente com a voz baixa etc.
A não ser que o cavaleiro possuísse alguma espécie de teletransporte, do contrário, seria capturado dentro de uma cápsula onde os ventos violentos eram capazes de despedaçar qualquer coisa.
Quem disse que Aphrodite seria necessariamente atingido pela técnica caso não possuísse teletransporte? Parece uma tentativa de induzir o outro player a aceitar o ataque como se fosse absurdo conseguir evitá-la, bem como um condicionamento ao juiz caso isto viesse a acontecer. É uma atitude que chega a ser até mesmo anti-jogo. Talvez não seja algo pensado pelo player, mas é isso o que este tipo de narrativa acaba trazendo para dentro do jogo.
Total: 15/60 pontos.
Afrodite de Peixes (Lama): Aphrodite fitava aquelas aberrações com os seus olhos azuis celestes e um sorriso seco brotava em seu semblante, demostrando tamanho desprezo.
- Pobre daqueles que suplicam pela vida. Não sabem o quanto são fracos. O poder é uma dádiva.
Aphrodite não obtinha o menor senso de paciência para com aqueles famigerados soldados, decidiu dar fim a eles, era menos vergonhoso do que ficar correndo e lhe suplicando ajuda. Enquanto fazia o mínimo esforço para acabar com aqueles insignificantes, o verdadeiro inimigo se apresentava de forma traiçoeira e covarde, bem típico dos guerreiros de Hades. Desde a última guerra eles demonstravam medo e receio de enfrentar um ateniense de igual para igual, mas essas artimanhas estavam vencidas.
Aphrodite não alcançava o menor senso de paciência? Note bem a diferença entre ter e obter. Famigerados soldados? Eles são praticamente anônimos dentro do Santuário!
Bom, não acho que o Aphrodite fosse “poupar” uma vergonha destes soldados. Concordo que ele não ligaria muito para eles mesmo, até porque, pesando na balança, a vida deles não importa muito perto de toda a humanidade. Além do mais, eles não eram – aos seus olhos – guerreiros belos. Lembremos que a beleza para este personagem vai muito além da estética física; ele mesmo afirma que “quando alguém luta até o fim por algo que acredita, este alguém também pode ser belo”. Neste caso, os soldados não foram belos! Eles temeram e fugiram da morte em vez de enfrentá-la de frente em prol da causa. Nesse sentido, acho que ele desprezaria sim estes soldados, mas não seria tão cruel ou maldoso. Não vejo um sorriso venenoso, mas sim uma daqueles sorrisos irônicos de desaprovação.
De qualquer forma, não entendi por que descrevê-los como aberrações. Não faz o menor sentido. Também não achei a fala muito coerente. A relação dele com o poder não diz respeito a um poder ensimesmado, mas sempre um senso de justiça relacionado com a beleza, um poder relacionado com a perfeição metafísica. Achei uma fala superficial e que não traduz os conceitos do personagem.
Pra finalizar este trecho, é verdade que Minos agiu de forma traiçoeira e covarde. Mas o próprio Aphrodite não faz isso também? Ele não lançou uma rosa vermelha de emboscada contra Albiore de Cefeu para que este não pudesse mais reagir contra Milo de Escorpião? Logo, não vejo por que falar disso em tom de reprovação numa interpretação de Aphrodite. E por que isso foi caracterizado como “típico dos guerreiros de Hades”? Ao longo da série nós vimos espectros que bateram de frente contra seus adversários sem demonstrar medo e sem apelar para estratégias classificadas como baixas. Eu falei algumas vezes no decorrer do julgamento sobre as depreciações feitas ao lado contrário, né?
Preso na armadilha do espectro, nada podia ser feito, era isso que se passava na cabeça do juíz dos mortos.
Invasão na interpretação alheia. Cabe ao player do Minos dizer o que se passava na cabeça do Minos.
Não era tão fácil assim para manobrar o pisciano, ele era inteligente e forte ao mesmo tempo.
Este trecho foi escrito após a resistência do Aphrodite à técnica do Minos. Claro, ele mostrou força naquele instante, mas eu me pergunto: como uma simples resistência física implica em inteligência? Não vejo propósito para citar esta qualidade do personagem na situação que se passou.
”Ele está usando as asas para se defender..Magnífico como as mesmas são resistentes!”
Isto é algo que eu gosto de ver. Não só por achar uma atitude bacana do player, mas também por achar que segue a personalidade de certos chars. Não é somente porque enfrenta um inimigo que tudo o que ele faz é lixo. Certos ataques são mesmo impressionantes, certas esquivas são mesmo surpreendentes, certos truques são mesmo maravilhosos e certas defesas também são dignas de elogios. Saber reconhecer os méritos do adversário é algo que muitos personagens fazem no decorrer da série, e o Aphrodite, que é um cavaleiro que adora a beleza e o poder, certamente saberia reconhecer quando um movimento é merecedor de elogios.
Via que seu ataque não surtia o efeito esperado, mas servira para deixar a sua proteção bem avariada e a mesma não resistiria ao próximo ataque que seria mais destrutivo e arrasador. Poderia acabar com aquele homem agora, mas não preferia desta maneira.
Digo o mesmo que disse ao outro player no último trecho que destaquei dele. Como tu pode afirmar que indumentária dele não resistiria? E como afirmar que Aphrodite poderia acabar com ele naquele momento? Isso é o tipo de coisa que fica no campo das impressões do personagem, e não da narração dos fatos.
(...) a destreza que possuía nas asas não era mais a mesma lhe causando dificuldade para desviar daquela tempestade.
Novamente uma imposição de efeito. Quem tem que descrever a dificuldade para desviar de algo, considerando a situação, é o outro player.
Minos afirmava que as rosas não lhe causavam medo, mas vivia fugindo delas como um rato desesperado, comum por ser tratar de um capacho de Hades.
Digo o mesmo que disse ao outro player quando ele comparou Aphrodite com uma “criança indefesa atirando brinquedos contra o homem mau que entrou pela sua janela”. Minos não se mostrou desesperado em momento algum. Como compará-lo com um rato desesperado? Ainda mais na narrativa! Tudo bem, de repente ele poderia mesmo pensar isso do outro personagem, já que ele seguia em movimentos evasivos e Aphrodite é bastante orgulhoso. Mas, caso o Aphrodite tivesse mesmo essa impressão sobre o Minos, isto deveria ter sido tratado nas falas ou pensamentos.
O vácuo proporcionado pela técnica fazia com que aquele ramo ganhasse mais velocidade e assim surpreendendo o oponente enquanto realizava a esquiva, o mesmo não percebera, mas talvez fora pego pelo espinho da rosa que causava um pequeno corte em sua pele, o impacto contra o corpo do juiz também liberava o pólen que adentrava em suas narinas ou poros, tudo perfeitamente arquitetado pelo astuto pisciano onde desencadeou tudo na velocidade suprema.
Outra imposição de dano. A ti, cabe descrever o que o Aphrodite fez – no caso, lançou de surpresa a rosa vermelha. Quem tem que narrar o que aconteceu com o Minos é o player do Minos. Por isso não cabe a ti afirmar que o ramo havia surpreendido o oponente, que ele não havia percebido, que ele havia sido atingido, que a rosa havia causado um corte em sua pele etc.
O mesmo teria que se preocupar com os efeitos da rosa vermelha que já se manifestava em seu corpo, sentia-se indispoto para atacar e sua mente ficava turva...Estava prestes a perder um dos cinco sentidos, porém, sentia uma sensação boa e prazerosa na medida em que sua estrutura ficava pesada e seus reflexos lentos.
Parece que foi a tônica no jogo de ambos: a imposição sobre a competência alheia.
Total: 20/60 pontos.
Combate (30 pontos):
Minos de Griffon (Edu):Começou usando o Comic Marionation de maneira completamente desleal, o que descaracteriza um personagem orgulhoso, que acredita ser mais forte do que um Cavaleiro de Ouro. Além desta ser uma característica marcante nos Sankyoto, este em questão é a “Estrela Celeste da Nobreza”. Onde está a nobreza numa atitude destas?
Existe uma diferença entre tempo de percepção e tempo de reação. As ações são muito rápidas! O Minos não ficou surpreso pelo contra-ataque do Aphrodite, fechou as asas, conseguiu se defender e já partiu para cima em nova investida sem sequer pensar em nada do que aconteceu? Não me parece muito coerente. Bom, ele partiu em zigue-zague e tentou outra vez o Cosmic Marionation. Nada demais aqui.
Minos conseguiu interromper sua corrida e seu movimento ofensivo quando viu o novo ataque do Aphrodite e ainda conseguiu pensar no que fazer e puxar os pilares para frente do ataque antes mesmo que estes o acertassem? Não há tempo nem espaço para realizar esta ação! Depois desta defesa, Minos sumiu em meio à poeira levantada.
Quando ambos sumiram, Minos lançou um ataque devastador lá de cima para atingir toda a casa e, como provável conseqüência, o Aphrodite em qualquer lugar que ele estivesse na morada. O problema foi a técnica utilizada. Embora seja a mesma masei, não é a mesma existência; não creio que o Minos do passado e o do presente tenham as mesmas técnicas. Seria quase o mesmo que dizer que o Aioros tem o Quíron’s Light Impulse, já que acreditam que ele é a reencarnação do Sísifo. Por falar em reencarnação - e admitindo esta hipótese -, quando a tua alma reencarna em outra vida... tu não tem as memórias a aptidões do outro eu que tu já foi. Aioros e Sísifo podem até ser a mesma alma, os dois Minos são a mesma masei, mas não são exatamente a mesma pessoa.
Total: 5/30 pontos.
Afrodite de Peixes (Lama): Minos atacava por de trás das sentinelas, mas se esquecia de um pequeno detalhe: o ramo carmesim ainda pendia sobre os lábios finos de Aphrodite. Na verdade o Kyoto se portava e manobrava seu ataque como um amador, os cavaleiros de ouro tinha uma extrema sensibilidade para apurar os movimentos e sentir tudo o que acontecia ao seu redor. De fato, o dourado percebera a enorme concentração de cosmo para lançar a “marionete cósmica” e também o deslocamento do mesmo através das correntezas de ar. Como de outrora, já tinha notado a presença daquele ser.
Pra começar, não é certo que o Aphrodite sentiria a energia do Minos para lançar sua técnica naqueles soldados. Nem é necessário gastar muita energia para utilizar uma técnica em oponentes de baixa resistência. Minos atacou os soldados antes de chegar à Sougyokyuu, embora não tenha deixado claro quanto tempo se passou entre uma coisa e outra. Contudo, achei forçada a ação do Aphrodite. Ficou bastante OP; foi algo um tanto incoerente que serviu apenas para o personagem sair por cima na situação de maneira forçada.
Por mais forçado que tenha soado para mim a percepção do Aphrodite sobre a situação, gostei de ver o player aceitando receber o ataque.
Depois de tomar o Comic Marionation, tentou resistir usando a força física. Nada demais, senão um movimento bastante natural.
Enquanto o kyoto perdia seu precioso tempo imaginando que o dourado tinha se transformado facilmente em sua marionete, o mesmo já havia arquitetado um plano para se livrar daquilo.
Enfim, como eu dizia antes, há uma diferença entre tempo de percepção e tempo de reação. Os dois players parecem ter passado por cima disto, já que efetuaram diversas ações consecutivas em ínfimos espaços de tempo. E o pior: quase sempre conseguiam compreender o que o outro fazia, evitar a tempo e encaixar algum contra-ataque; o outro, por sua vez, nunca era surpreso e evitava o contra-ataque e metia já o seu contra-ataque.
Neste caso, além de não demonstrar nenhuma dor ou desconforto, Aphrodite ainda conseguiu fazer o que eu disse acima e enviou um turbilhão de Rosas Piranhas se guiando pelos fios.
Assim como eu disse para o outro player, acho muito estranho não haver realmente uma interpretação sobre surpresa do Aphrodite em relação à defesa e à nova investida do Minos. É como se ambos os chars previssem tudo, estivessem prontos pra tudo, lessem a mente um do outro! E aí o Aphrodite atacou com outro Piranian Rose quando o Minos se aproximava.
Enquanto isso, lançou também a rosa que estava em seus lábios. Nada demais a comentar sobre isso.
Quando Minos sumiu na nuvem de poeira, Aphrodite também o fez, mas em sua nuvem de pétalas e pólen. E não entendi por quê! Foi para não ficar em desvantagem, mas isso foi interferência dos conhecimentos do player sobre o seu personagem. Aphrodite não pensaria nada neste momento? Não falaria nada? Não me parece uma situação na qual ele precisasse utilizar esta tática.
Apesar de eu discordar da técnica utilizada pelo adversário, foi bom ver que o player soube aceitar um ataque quando a situação era completamente desfavorável e uma defesa ou um movimento evasivo seria muito difícil de ser executado. Quis fazer seu personagem se erguer para continuar a luta, mas o jogo foi encerrado antes.
Total: 10/30 pontos.
Resultado:
Declaro, portanto o player
Lama (Aphrodite de Peixes) venceder deste jogo com
35/100 pontos contra
30/100 pontos do player
Edu (Minos de Griffon). Gostaria de dizer que em momento algum eu quis ofender algum dos players ou me deixei influenciar pelas minhas preferências como player, respeitando igualmente ambos os estilos de jogo e me baseando como juiz somente nos fatos mostrados no decorrer das respectivas interpretações. Eu sou bastante exigente com todos os players, por isso não gostaria de ser mal interpretado nos meus comentários como se quisesse zoar alguém; igualmente, não gostaria que levassem para o lado pessoal. Venceu aquele que conseguiu interpretar melhor errando menos, e isso ficou bem evidente durante o julgamento.