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    Atlas de Karina (Kyo) x Jaoh de Lince (William)

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    Mensagem por Convidad Dom Fev 21, 2010 8:17 pm

    Atlas de Karina (Kyo)
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    Jaoh de Lince (William)
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    Enredo: A estória acontecerá após a batalha entre Atena e Éris. O espírito desta ficara aprisionado na última maçã dourada no pomar de Hera. Atlas, certo dia, caminhava por um deserto mortal - onde antigamente era o jardim das Hespérides - e estranhamente observou uma macieira. Da árvore ressecada e a beira da morte, pendia uma única maçã dourada. No fruto era que jazia o espírito adormecido de Éris. Tomado por uma curiosidade humana, Atlas tocara da fruta e fizera o espírito da deusa acordar de seu profundo sono. A divindade da discórdia então transforma o cavaleiro de Karina em uma mero boneco, fazendo-o um de seus súditos. A missão de Atlas é simples: dar o fruto ao seu senhor Abel, fazê-lo comer da fruta para que assim Éris possa roubar o poder do deus-sol e ter sua revanche contra Atena.

    Prazo de postagem: 07 Dias.
    Prazo máximo de duração: 45 Dias.


    Última edição por [AE]Judge em Dom Mar 07, 2010 10:29 pm, editado 1 vez(es)
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    Mensagem por Convidad Seg Fev 22, 2010 3:48 pm

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    Assim como o joio em meio ao trigo, Éris - deusa da Discórdia - germinava uma vez mais nos férteis campos da terra. No fim, os esforços de Atena e os cavaleiros de bronze foram em vão. Criam piamente que o joio havia sido separado do trigo.

    Em meio aos inúmeros templos erguidos em nome de Abel, o deus-sol, havia um mítico jardim verdejante repleto de árvores frutíferas e água fresca no qual viviam as Hespérides - filhas do titã Atlas. O deus-sol entretia Atlas, seu mais fiel guerreiro, com a lenda deste paraíso terrestre. Era de desejo do Todo-Poderoso Abel tornar a contemplar as verdejantes relvas; beber da água imaculada ; deleitar-se com os cânticos da natureza. No entanto, estes não eram mais os tempos mitológicos, mas a Era do Homem.

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    - Atlas, não seria maravilhoso desfrutarmos de um lugar tão belo quanto o jardim das Hespérides? Embora eu tenha lhe contado a fábula, esse lugar realmente existe. Eu o quero para mim. Já não mais pulsa vida no jardim. Nem mesmo a natureza escapa ao castigo do tempo. Embora não possamos mais avistar o belo verde, a pouca vida que resta ao jardim está aqui, em Dejunte.

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    Sob o sol escaldante, Atlas lembrava-se do que foi dito por seu amo Abel. Em algum lugar daquela íngrime encosta, lar que abrigava o Templo da Coroa do Sol, estava o resquício do que antes fora um belíssimo jardim.

    A incessante busca já durava três dias. Atlas questionava sua própria fé, tentado há crer que tal paraíso povoava somente as histórias mitológicas. Foi então, que sentado sobre uma pedra em meio às areias, avistou uma ressecada árvore. Curiosamente notou que de um dos galhos pendia uma maçã dourada. Sem hesitar, dirigiu-se à árvore e movido por sua ingênua curiosidade, tomou a maçã em mãos.

    - Você é Atlas, o cavaleiro da constelação de Karina. Eu sou Éris. Assim como Abel, sou também uma divindade. Veja, meu nobre guerreiro, há muito fui presa nesta dourada maçã por Atena. Ela alimentava uma pútrida inveja, pois eu gozava de dias maravilhosos no Jardim das Hespérides. Tomada por este sentimento hediondo, Atena aprisionou-me neste fruto e lançou uma maldição sobre estas relvas verdejantes. Este deserto é reflexo da inveja divina daquela que se diz deusa da Justiça.

    O espírito da deusa da Discórdia havia se manifestado com o toque leviano daquele humano.

    Éris, consumida por sua sede de vingança, planejava romper o lacre sagrado que Atena colocara naquele fruto. Para tal, era preciso que alguém de poder semelhante a ela, Éris, desse uma mordida sequer na maçã. E Abel era a oportunidade prefeita que precisava para uma vez mais acertar contas com Atena.

    Com o lacre rompido, a vingativa deusa voltaria a semear joio em meio ao trigo e lançaria no mundo dos homens a discórdia. Caso seu plano obtivesse êxito, Abel comeria da fruta e todo o poder do deus-sol seria vertido em Éris.

    - Eu já não mais posso sofrer desta forma, Atlas. Todo dia derramo meu pranto sob essas fustigadas terras. Não mais aguento tamanha tortura. Livra-me deste pesadelo.

    - Por que eu deveria ajudá-la? E já cumpri com minhas ordens: achar vestígios do Jardim das Hespérides. Meu único senhor é Abel.

    Ardilosa, Éris sabia exatamente quais palavras dizer para o fiel escudeiro da Coroa do Sol.

    - Teu coração é leal à Abel. És um homem de palavra e estás determinado a fazer tudo para que vejas teu senhor gozar de pleno júbilo. Se ele, Abel, comer da maçã, a maldição conjurada por Atena cessará e este seco deserto receberá, então, a bênção das chuvas. O verde tornará a fulgurar e as águas irão verter nos leitos. E eu, por fim, estarei livre de meu tormento. Meu cansado espírito dormirá eternamente.

    Sim, Atlas era leal e não hesitaria em fazer qualquer coisa para ver a vontade de Abel reinar.

    O pedido de Abel era de encontrar o pouco de vida que pulsava por estas terras; contudo vida nenhuma existia - com exceção daquela árvore. Aquela maçã era um presente que não poderia recusar. Nela repousava o desejo supremo de Abel. Voltar de mãos fazias poderia liberar a ira incondicional do seu senhor.

    - Darei esta maçã dourada à Abel como um símbolo de minha devoção e crença em seus ideais.
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    Mensagem por Convidad Qua Fev 24, 2010 12:12 am




    Éris, a discórdia jamais pára. Alimenta-se do pior que há em cada indivíduo. Procura vestígios daquela feiúra típica no homem e encontra forças... Ou quando nada encontra se contenta em criar – maldita criatura. Tanto pode uma vez que sua existência só poderia ocorrer como fruto da imaginação e malevolência humana. É apenas uma palavra, uma entidade criada para justificar nossa miserabilidade. Acreditar-se-á que causou a guerra de Tróia, quem mais sabe o que mais dedilhou com suas falanges opacas de inveja [?], aliás, o que não teria tocado? Provavelmente não passamos um único dia sequer sem notarmos sua presença e quem dirá que nunca se sentiu possuído por tal espectro? Ponderemos, pois talvez, talvez a discórdia nem sempre seja dos males o pior, embora seja capaz de revelar o caráter do indivíduo ou revelar nefastas criaturas particulares escondidas nas mais profundas câmaras da alma humana.
    Dane-se a pobre maçã solitária e fraca. Sua força jorra através de torrente inenarrável. Éris, a discórdia jamais pára. Inerte a mãe dos problemas está sempre planejando. A castigada deusa se flagela em lamúrias em sua sela sem grades e apenas adornada em treva. Ecoa pelas paredes invisíveis o ódio que brada. O mundo do lado de fora respira aliviado sem sua presença. Helena retornou à Esparta e Páris morreu como mendigo – fim. Mas... Éris, a discórdia jamais pára.
    Excluída, ajoelhada em um pequeno espaço com o rosto inchado pelas lágrimas afundado entre as mãos. Arranha-se, flagela-se. Por instantes de incontrolável devaneio enlouquecido se esquece do que és. Não apenas homens enlouquecem nas prisões vazias de luz, mas deuses também. Sem a concepção de tempo um dia lhe parecia eterno naquela negritude sem paredes, sem vida. A desgraçada com as forças celestes grita incessantemente como em um desejo louco de estraçalhar com a violência do som as extremidades invisíveis que lhe continha.
    Não a fúria... Admitimos apenas como a custosa necessidade e nada mais de que exista a discórdia em nosso mundo. Assim, a pobre alma enclausurada por mera obrigação existencial conseguiu tocar o mundo afora com seus dedos impuros e lhe castigar com nefastas chagas. Ou seja, não importaríamos em contar que Éris teria gritado pela eternidade, tentando escapar, mas a pura realidade é: esta precisa galgar pelo mundo – querendo ou não –, logo, simplesmente ‘’escapou’’. Fragilizada a divindade deixou que seu veneno fluísse à espera de alguma marionete.


    Eis o momento que adentra nossos mitológicos heróis. Não apenas Atlas, o titã da abóbada, mas Jaú e Berengue estavam incumbidos de realizar a vontade de Abel. Na realidade, o que havia conduzido Atlas àquela paisagem era o veneno sádico de Éris. O mesmo se deu com Jaú que acreditando estar buscando o paraíso para seu pai caminhava em direção à armadilha celeste.
    Ágil como aquele belíssimo felino guardião Jaú se deslocava rapidamente. Conduzido pelo que talvez apelativo seja afirmar como ‘’réquiem’’. É necessário de nossa parte mencionar que o jovem coroa não estava no que se pode dizer como ‘delirando’ ou sem as faculdades próprias. Não estava com síndrome de Dom Quixote, apenas caminhava: esperançoso que encontraria paraíso quando se encontraria com inferno. Este cada vez mais admirado com a concretização de Abel se animava e investia com mais velocidade. Percorreu longas distâncias em pouquíssimo período de tempo. Felizmente (e que bom assim podemos afirmar) o egocêntrico coroa chegou tarde. O fruto proibido já havia feito sua vítima: Atlas. Mas... Como a discórdia é poderosa e castiga o homem com o que lhe existe de pior.
    Inicialmente não saberíamos dizer se o que moveu o belo rapaz de ruivos cabelos foi a inveja de ver seu irmão (e também rival) possuir o fruto que segundo havia ouvido poderia desfrutar e trazer as esperanças de Abel. Curioso. De um pequeno rochedo que estava saltou para baixo e à frente de Atlas – encarando-o como consumido pela ira. Ah, talvez agora estivéssemos vendo-o com a síndrome de Dom Quixote ou não. Só sabemos que embora visse as coisas realmente verídicas as interpretava de forma errônea e dava ares a imaginação. Invejando o guerreiro de Karina pelo feito e pela possível glória que lhe recairia através do próprio pai o rapaz recheado de raiva a invocou na violenta frase autoritária que se seguiu após apontar-lhe o dedo:


    - Maldito seja, Atlas. Larga esta maçã... É tão indigno de compartilhar o solo com os vermes que me vejo forçado em lhe devorar o corpo se não me acatar.

    Pobre criança. Belíssima Éris. Sem querer havia captura duas marionetes. Jaú irritadiço com a conquista do colega e os efeitos da cólera da discórdia ficou cego. Possivelmente o mesmo ocorreria com Atlas, vendo no amigo um rival contra sua glória, um perigo contra suas ambições – quando na realidade lamentavelmente ambos lutavam com a mesma finalidade: satisfazer seu deus. Não era o destino cruel colocando aqueles dois irmãos contra o outro, mas sim Éris: puramente sádico que no interior da maçã se deleitava com a situação e já contava com a vitória, pois, não importasse qual dos dois levaria a maçã, mas sim quando.
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    Mensagem por Convidad Seg Mar 01, 2010 12:01 pm

    O dedo lançado condenava o ato ímpio do cavaleiro de Karina, julgando-o como se tivesse cometido um pecado inexorável. Da mesma forma que Adão, o filho de Abel fora seduzido facilmente pela víbora. Triunfante em sua artimanha, Éris havia plantado o joio em meio ao trigo e a discórdia imperava, maculando o coração daqueles irmãos em armas.

    Jaú havia apertado o gatilho; as palavras disparadas contra seu companheiro da guarda da Coroa do Sol, incutidas de um sentimento invejoso e hostil, foram suficientes para que a mais ardente chama ascendesse ao infinito.

    A dança das labaredas do Sol envolvia com furor o corpo do jovem Atlas. Anéis flamejantes emergiam do íntimo e juntavam-se às labaredas naquele espetáculo pirotécnico. A despeito da beleza, o fogo manejado por ele era mortal, assim como um sentimento insano de morte a Jaú. Juraria, agora, tirar-lhe a vida para levar a maçã dourada a seu amo.

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    - Espionando a mim, Jaú? Não importa. Não deixarei tua inveja tirar minha glória. Levarei eu a maçã a Abel.

    Os braços erguiam-se em riste, prontos para penderem como uma espada afiada e sentenciarem a morte do irmão. Consumido pelo ardor, Atlas invocava seu mais poderoso golpe. Não concebia a idéia de ele, Jaú, seu irmão, condená-lo pelo ato de querer o júbilo de Abel e de alimentar uma inveja, quando ambos deveriam partilhar do mesmo objetivo. Num repente, já no ápice de seu golpe, Atlas hesitara. Algo lhe cutucava.

    “Por que hesito? Minha consciência, talvez? Não... o que me fez parar?”

    Não. Não fora a consciência, mas sim o coração apertado que urgia em pulsar. O coração quente de Atlas impunha-se à discórdia semeada pelo espírito traiçoeiro contido na maçã. Os joelhos fraquejaram; os músculos relaxaram; os olhos inquietaram-se.

    Éris, ciente da força do coração do filho de Abel, despejou mais de suas águas impuras, regando o ódio que brotara no tabaréu da Coroa do Sol.

    Apesar de sua resistência, as perguntas retóricas de Atlas cessaram e sua ira lhe consumiu uma vez mais. Mostraria ao irmão que nada lhe impediria de cumprir com sua missão, mesmo que isso significasse derramar o sangue de alguém tão chegado como ele, Jaú de Lince.

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    - Coroa de Fogo!

    A esfera flamejante fora lançada com furor, sulcando o solo e mirando o corpo robusto daquele homem. Um rastro incandescente denunciava o poderio da técnica; ao redor, a relva ficara chamuscada devido ao calor emanado daquele corpo celeste.

    Atlas não pouparia esforços. Logo após disparar seu melhor golpe, já conjurara duas esferas incandescentes na palma de ambas as mãos e mergulhara atrás de sua pirotecnia, usando-a, também, como um escudo. A técnica era perfeita: reunia defesa e ataque. Restaria saber se a manobra executada pelo guerreiro de fogo obteria êxito.
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    Mensagem por Convidad Seg Mar 01, 2010 3:39 pm


    Jaú se assemelhava àquelas criaturas felinas de uma certa natureza selvagem vigorosa e predadora. Seus olhos de caçador fixados na presa iminente de alguma forma já pareciam saboreá-la, deixando-o faminto e com água na boca. Não encontraríamos dificuldade em mostrar evidências mais concretas uma vez que a razão estava eclipsada pela emoção. O felino adornado pelo ciúme almejava a qualquer custo saltar contra presa e lhe devorar a carne com os dentes, golfar-lhe o sangue e se banhar vitorioso. Jaú não deu atenção àquelas palavras abruptas de seu irmão. Na realidade, preocupava-se em saborear de antemão os louros da vitória. Imaginava-se chegando à frente de Abel com seu paraíso em mãos... A alegria que nasceria da vida de seu pai era demasiado incrível que poderíamos acreditar que faria o cavaleiro do sol ejacular de prazer.
    Jaú possuía essa típica natureza. Era fiel, mas não bajulador. A felicidade de Abel era a sua alegria. Logo, o que pudesse fazer para enriquecer a felicidade de teu senhor o faria. Além disto, ele era bastante consciente de seu papel, pois mesmo egocêntrico sabia dividir adequadamente esta forma híbrida de vida que possuía. Ordenar que um narcisista cale suas vaidades em favor a outrem é um terrível ato que nem sempre possui um retorno desejado. Portanto, Jaú sabia se preservar de uma forma razoável: valendo-se das oportunidades em demonstrar ou esconder seu egocentrismo – embora não fosse indivíduo com caráter que pendesse para estratagemas, poderíamos colocar que tal atitude ressoava quase como inconsciente, sagaz e perspicaz tal qual criatura predadora da savana.
    Cometeríamos um terrível erro contra este saudável rapaz se não afirmássemos que este jamais ergueria os punhos contra um de seus irmãos com a mera necessidade de se satisfazer. Antes... Antes que continuássemos com a desventura criada por Éris, sentimos a forte necessidade de novamente afirmar que Jaú estava à mercê do que lhe era de pior. Não compartilhava de suas plenas faculdades físicas e mentais. Na realidade, acreditamos que este se via à beira de um precipício e à frente da presa que lhe encurralará. Não havia indícios de que o que se estenderia sobre aquela planície fosse diferente, pois tanto como Jaú, Atlas possuía um caráter ímpar. Ambos sentiam a custosa necessidade de entregar aquele fruto a Abel – fosse como fosse. Jaú em desvantagem e contra a presa que possuía em mãos a coroa da vitória infelizmente foi incapaz de dar o primeiro passo.

    O lince de flamas conhecia razoavelmente bem a natureza violentíssima e robusta de Atlas. Não se sentiu surpreso com a nascente investida do que carregara sobre as costas o mundo. Jaú era um rapazola formidável. Como já dito: não tinha tendência a estratagema. Não se concentrava formulando na mente estratégias significativas, agia quase sem pensar. Possuía aquela qualidade típica da adolescência, ou seja, além da energia inesgotável, sentia-se como se fosse imune a qualquer coisa. O excesso de autoconfiança era demasiado naquele ruivo... Devemos preservar a fidelidade características do mesmo. Pois, além de tudo, lamentável seria se escondêssemos a verdade. Infelizmente não podemos dizer que a atitude de Jaú fora diferente da do irmão, novamente agia sem pensar, jogando-se como se fosse inviolável contra os braços da morte e almejando lhe tocar a face e sair ileso. Possuía a cega audácia típica de Julien Sorel – famoso personagem ambientado na literatura francesa.

    Sentiu o cosmo de seu antagônico eclodir naturalmente. Então, como qualquer predador acuado faria ou jovem inconseqüente posto à prova e humilhação alheia faria – o imitou. Sua própria energia cósmica também surgiu. Inicialmente parecia uma pequenina flâmula dançando sob o vento, bruxuleando. Então, despertando aquele universo interior de forma violenta todo um mundo de luz nasceu e da flâmula se originou uma formidável energia avermelhada que se expandia do corpo do jovem na forma de pequeninas partículas. Todo seu corpo desenhado entre uma moldura avermelhada que lembrava os contornos do sol parecia se deslocar como uma ceta atirada por Apolo. Como felino de natureza ágil Jaú se jogava contra o núcleo daquele golpe – sempre concentrado na presença cósmica do ex-irmão. Durante a crescente investida jogou os braços para o lado canalizando toda aquela energia emoldura para em seguida eclodi-la na forma de uma terrível criatura flamejante que parecia conjurar como se fosse a Cólera de Deus.



    - Hércules Flamejante...! hahahahahaha!!!!!!



    Como o próprio nome sugere uma massa cósmica flamejante e hercúlea se jogava então contra a pequenina Coroa de Fogo. Possuía os diâmetros de um homem saudável, aliás, quase as próprias proporções físicas de Jaú que se perdera em algum ponto uma vez que só se via aquele demônio em fogo pulsando luminosamente como fragmento do sol, diluído sobre o cosmo do rapaz que agora se perdia no ambiente.
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    Mensagem por Convidad Seg Mar 08, 2010 11:54 pm

    Prazo de postagem expirado. Vitória do player William por WO.

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