Cólera do Dragão: Principal técnica de Shiryu. Basicamente um soco direto, emanado com cosmo parecido com uma rajada de um dragão que, se acerta, leva o oponente pelos ares, sendo esta a variação mais usada, no entanto, pode ser simplesmente um soco na direção da vítima que projeta um dragão que parte de encontro com a mesma, lembrando que para mim o dragão é apenas uma projeção e que o ataque seja geralmente de um soco com grande quantidade de cosmo-energia concentrada. O poder do golpe varia pelo cosmo que Shiryu mostra no momento de sua execução. O Cólera do Dragão de Shiryu tem um ponto fraco, enquanto ataca, seu coração fica vulnerável para um ataque durante um milisegundo. Não se sabe ao certo se após a luta contra Shura se Shiryu continuou com essa vulnerabilidade, uma vez que nenhum outro de seus inimigos percebeu esse ponto fraco, mas não descarto a idéia de que ainda exista um ponto fraco em sua execução, mesmo com o tamanho aprimoramento desta técnica.
Último Dragão: Shiryu agarra seu inimigo a fim de levá-lo aos céus até atingirem um ponto onde a pressão destrua seus corpos. Trata-se de um golpe suicida. O Último dragão é algo que Dohko desencorajou firmemente Shiryu de usar, inclusive o proibindo de usá-lo.
Cólera dos Cem Dragões: Esse é o mais poderoso ataque de Shiryu, que o mesmo aprendeu ao ver seu mestre lançado-o contra Shion. Trata-se da explosão cósmica ao máximo e com as mãos unidades a frente do corpo lança uma incrível rajada de energia. Os dragões são apenas para enfeitar a técnica, não acredito que sejam 100 dragões que bombardeiam a vítima e sim poderosas rajadas de energia que visam fulminar a vítima. Aparentemente, esse ataque tem uma grande área de impacto podendo ser usada contra vários oponentes ao mesmo tempo.
Excalibur: Shura percebendo as razões de Shiryu lhe concedeu em seu braço direito o dom da Excalibur. Trata-se de um feixe de luz cortante que Shiryu utiliza contra seus adversários. Em minha opinião, a excalibur de Shiryu está longe de ser tão bem manuseada quanto a de Shura, isso porque até o momento ele não usou de um ataque múltiplo, sendo apenas feixes singulares, o que me leva a crer que esse seja o limite dele para com a técnica.
Uma agonia sem precedentes pinicava seu peito. Uma sensação estranha que tornava o clima daquele dia mais pesado e incomum. O mormaço, o ar muito mais denso dificultava sua respiração. Não podia deduzir o que estava havendo, mas sabia que alguma coisa estava errada. Sem pensar duas vezes, cruzou o denso bambuzal pela trilha que já conhecia de cor e salteado. Um pouco mais adiante, sentiu frio. O frio que emanava puro das paredes escuras de pedra. O cheiro de limo e pedra úmida invadia suas narinas enquanto ele cruzava a gruta. Os passos ecoavam firmes contra a rocha desgastada. Às vezes os pés deslizavam um pouco, fazendo o garoto pisar em falso, porém logo ele recobrava o equilíbrio. Ao menos internamente, já que por dentro, sentia o presságio de um inexplicável caos. O ruído da imponente cachoeira já estava próximo. Sentiu novamente a luz do sol banhar a pele, acompanhada por milhares de gotículas de água que respingavam nas partes de seu corpo que o conjunto de seda chinesa roxo não abrigava.
Tão grande era agonia de chegar logo até aquele lugar, que em nenhum momento deu por falta do cosmo de seu mestre que não mais estava ali. Foram raras as ocasiões em que vira o velho tutor longe do local que era praticamente sua morada. A visão do mestre meditando ao pé daquela cachoeira já era tão comum que parecia se fundir com a paisagem daquele lugar. Shiryu cerrava um dos punhos a frente de seu corpo, e elevava a face em direção ao céu. A falta do mestre naquele cenário transformava a estranheza na certeza de que algo estava definitivamente errado. Mas o que? Isso não sabia, mas haveria de descobrir. Sem pensar duas vezes, tomou o mesmo caminho para retornar ao casebre onde viviam. Talvez pela ansiedade de chegar, desta vez o caminho lhe pareceu bem mais curto. Como um tufão, adentrou de uma vez arreganhando a porta, continuando a corrida até onde ficavam as armaduras. A urna da sua estava ali, no mesmo lugar de sempre. Mas e a outra? |
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“Mestre o que está acontecendo?” |
Desde que chegou ainda menino a Rozan, nunca havia acontecido nada parecido. É verdade que o mestre já havia enviado a armadura algumas vezes para ajudar os cavaleiros de Athena com as armas de libra alguma vez ou outra. Mas era a primeira vez que ele a levava consigo. Inspirou profundamente o ar úmido de Rozan procurando recobrar o tino. Estendeu a mão direita na direção da urna do dragão, agarrando uma das alças e colocando-a sobre seu ombro. Sentia sobre esse o peso, não da armadura, mas do olhar da menina que o observava da porta. Ainda sem pressa, caminhou até a garota, e envolveu o braço esquerdo sobre o ombro dela, puxando o pequenino corpo contra o seu. Sentia o tecido de sua roupa umedecer de leve na altura do peito. Não era preciso nem um soluço, nem uma palavra, só por aquilo ele já sabia que a menina chorava em silêncio. Beijou-lhe a testa num gesto fraternal, e segurou de leve o queixo da menina erguendo sua face para que ela lhe encarasse. Ao mesmo tempo abaixou um pouco a sua, como se ainda pudesse olhar em seus olhos e após tomar fôlego numa inspiração profunda, deixou por fim as palavras escaparem de sua boca. |
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- Não se preocupe Shunrei. Eu prometo que volto, e que trarei o mestre comigo! Tudo ficará bem... |
Sem deixar brecha para que a garota tentasse argumentar, afrouxou o braço desvencilhando-se dela e cruzou o beiral da porta. Não entendia o porquê, mas esse tipo de despedida lhe era cada vez mais incômoda, e por maior que fosse sua vontade de partir, sempre sentia um aperto no peito ao deixar a menina sozinha daquele jeito. Cruzou o beiral da porta, e num pique só pôs-se a correr em direção ao bambuzal sem olhar pra trás. Não era preciso. Sabia que a garota ainda chorava na porta mesmo após ele desaparecer em meio aos incontáveis ramos de bambu verde e amarelo.
Sentia no ar uma agitação como nunca havia sentido antes. A sensação era mais clara à medida que se aproximava mais e mais. Tinha pressa. Queria encontrar-se logo com seu mestre e com seus amigos. Naquele dia o jovem dragão havia corrido como nunca, ansiando por sanar todas as dúvidas que lhe perturbavam a alma.Terminou por fim de galgar a montanha, e ao se deparar com o solo mais plano sob seus pés, estacou. Num movimento talvez vicioso virou a cabeça lentamente para um lado e logo para outro, como se ainda pudesse analisar a paisagem do local em que se encontrava. |
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Prosseguiu, mas diminuiu o ritmo da marcha desde então. Sentia a brisa pesada farfalhar as franjas negras que caíam por seu rosto. O caminho lhe era familiar, mas a energia do ambiente, estranha. Podia sentir nas redondezas presenças desconhecidas, inóspitas, algumas parecendo dotadas de um poder um tanto incomum. Sem se deixar abalar, o rapaz continuou. Um pouco mais adiante sentia finalmente um cosmo conhecido. Em outra situação a sensação de localizá-lo poderia ser reconfortante, mas agora não o era. Ele sabia que seu companheiro estava a lutar com um inimigo. Ou quem sabe com dois? O cosmo do segundo parecia fraco, mas como Shiryu estava muito mais sensível a qualquer alteração deste tipo desde que perdeu a visão, não foi difícil percebe-lo ali. Intrigado com aquela presença que parecia não estar envolvida ativamente na luta um pouco mais adiante, o jovem cavaleiro de Athena resolveu aproximar-se desta. Parando a poucos metros de distância do homem que observava a luta oculto pelas rochas, indagou sem mais delongas. |
Quem lutava era Seiya, os oponentes eram um grupo de espectros que acabara de invadir o santuário, enquanto isso Giganto apenas observava o grupo que arrebatava facilmente seu adversário. Um mero cavaleiro de bronze, no entanto, a chegada de um segundo já lhe chamava a atenção, o corpo robusto virou-se rapidamente, fitava o jovem que chegava e que curiosamente tinha seus olhos vendados por uma faixa surrada. Sem mais delongas ele respondia: |
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- Por que tanta pressa em saber quem será o seu Algoz? Muhahahahahaha – E então o gigante partia velozmente na direção do jovem cavaleiro de dragão aplicando-lhe um soco que vinha de cima para baixo na altura do estômago. |
As incontáveis batalhas de que o cavaleiro de Dragão participou anteriormente pareciam que de nada o auxiliariam naquele instante. Agora vivia em um mundo novo, um mundo em preto e branco, onde sua mente tentava realizar o trabalho que os olhos já não podiam. Os outros sentidos estavam apurados, e o mínimo ruído ou movimento era suficiente para captar sua atenção. Para o infortúnio de Shiryu, muitas coisas estavam acontecendo ao mesmo tempo nas proximidades daquele local. Seu mestre estava lutando com um cavaleiro que era de certo, muito poderoso. Foi num lapso de concentração que o cavaleiro de bronze foi pego de surpresa. Antes que esboçasse alguma reação, sentiu um forte golpe explodir em seu estômago. O corpo do cavaleiro desprevenido voou alguns metros para trás, e o impacto fez com que as alças de couro da urna de sua armadura estourassem, a deixando cair ao seu lado. Sentiu as costas se chocarem contra o chão de pedra do santuário num segundo resvalo da queda.Cobrindo com uma das mãos o local atingido, o rapaz se levantou sem grande esforço, colocando-se de frente para seu agressor antes de voltar a interpela-lo uma vez mais. |
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- Um algoz não é nada mais do que um assassino contratado. Quem o enviou até aqui? |
Pelo silêncio que se interpôs entre os dois mesmo após a segunda pergunta, Shiryu pode deduzir que fosse quem fosse aquele ser diante de si, este não parecia muito disposto a participar de um diálogo amigável. Cerrando ambos os punhos, fez força até que os músculos de seus braços e de seu peito rasgassem a parte superior de suas vestes, espalhando ao vento os pedaços de seda roxa. Elevou o cosmo, e então a urna da armadura de bronze emitiu um forte brilho antes de se abrir e deixar saltar de dentro dela a armadura de Dragão. Num piscar de olhos ela se aderiu ao corpo do jovem cavaleiro de Athena como se houvesse sido moldada no mesmo. Uma leve aura verde clara iluminava o metal, assim o corpo o cavaleiro, que cerrava um dos punhos diante de seu corpo antes de esbravejar, agora num brado potente, mais algumas palavras ao desconhecido que se dizia seu algoz. |
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- Eu sou Giganto de Cyclope, um espectro de Hades e vim aqui para levar a cabeça de Athena para o meu imperador! Mas antes acabarei com você, seu inseto! |
O jovem cavaleiro estava surpreso, não com a resposta que obtivera, mas com a audácia daquele espectro que dizia em alto e bom som que estava ali para levar a cabeça de sua deusa. Não fossem as faixas que lhe cobriam os olhos, o invasor poderia ver em sua face o cenho franzido e a expressão feroz de quem não gostou nada do que acabara de ouvir. Limitou-se apenas a apertar contra a mão os dedos do punho cerrado, retesando com esse movimento todos os músculos de seu braço. Podia sentir o guerreiro elevar levemente seu cosmo, fato que fazia um leve sorriso brotar em dos cantos do lábio do rapaz. Não se sabia se ele estava a zombar da demonstração ínfima de cosmo de seu oponente ou se havia algum outro motivo por detrás de tal reação. Aquele que se achava seu algoz havia revelado seu nome. Agora Shiryu já não mais lutava contra um indigente; conhecia a identidade daquele que ousava cogitar a idéia de assassinar sua deusa. E em seu íntimo tinha a certeza de que o faria desistir da idéia. |
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- Espectro de Hades? Eu sou o cavaleiro de Athena, Shiryu de Dragão! E não me responsabilizo por sua vida se não voltar agora para o lugar de onde veio! |
Não se podia distinguir claramente se aquelas eram palavras de alerta ou de ameaça, mas qualquer um que as ouvisse saberia que não era brincadeira. Se o inimigo não tinha pudor em afirmar que mataria sua deusa, o dragão também não teria nenhuma vergonha de atacá-lo. Iria despachar seu inimigo dali sem mais nem menos, e faria o mesmo com qualquer outro que ousasse atravessar seu caminho com a mesma intenção. A aura esverdeada que envolvia seu corpo aumentava de intensidade antes que o cavaleiro avançasse contra seu oponente a toda velocidade. O punho em riste abria caminho cortando o ar frio da noite, enquanto os longos fios de cabelos negros do rapaz eram jogados para trás durante a corrida. O tal guerreiro de Asgard iria agora provar um pouco de seu próprio veneno, e também iria provar o gosto do solo do santuário quando o punho do Dragão explodisse em sua barriga. |
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- Coleraaaaa do Dragããão!!! |
Shiryu havia feito sua investida confiante de que acertaria seu oponente, não havia como errar de tão curta distância. Só percebeu que estava enganado quando sentiu todo seu impulso ser barrado antes de poder sequer tocar em seu oponente. O robusto homem defendia o golpe do dragão apenas com as mãos, tendo seu corpo arrastado poucos centímetros para trás. Não fossem as faixas que os recobriam, os olhos se arregalariam para se somar à boca aberta em espanto do jovem cavaleiro. |
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“O que? Por que não pude atingi-lo?” |
Que força era aquela que protegia aquele homem? Antes que pudesse concluir seus questionamentos, sentia a explosão de cosmo-energia compeli-lo de volta pelo caminho de onde havia vindo, fazendo seu corpo ser arrastado de volta como se o oponente o houvesse literalmente golpeado. O contra-ataque foi tão rápido que o jovem sequer teve tempo de revidar. Os pés tentavam em vão se fincar no chão molhado, deslizando por ele como se patinassem, enquanto seu corpo ia sendo empurrado cada vez mais pra trás. Tão logo conseguiu estacar novamente os pés em solo firme, o cavaleiro de Athena tentava reorganizar seu raciocínio. |
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- Não irei desistir!!! ... Ahn? Mestre!!! |
Instintivamente, voltou-se na direção em que sentira a última rajada do cosmo do libriano, dando por um instante as costas ao seu inimigo. Naquele momento, a única coisa que povoava sua mente era a certeza de que havia falhado em um de seus propósitos. Shiryu havia partido para o santuário para proteger Athena em primeiro lugar, mas também havia jurado proteger a seus amigos e a seu mestre. Quanto a este último quesito, tinha falhado miseravelmente. Em seu sangue fluía a vontade de correr até aquele maldito ponto, ignorando a tudo e a todos, somente para descobrir se o mestre estava de fato morto. Não queria acreditar. Não iria crer, até poder chegar até seu corpo e não sentir nele mais nenhum sinal de vida. Desejava mais que tudo ir até lá, porém sabia que não poderia fazê-lo nesse exato momento. Não podia simplesmente abandonar aquela luta, e por em risco a integridade da deusa. A voz estava embargada na garganta. As lágrimas estavam bem presas às bandagens que impediam que estas rolassem por sua face, mas a alma, essa sim chorava solta. E não era somente um choro de tristeza. Aquele era um choro também impregnado de um misto de fúria, e ódio, temperado pela urgência da vingança. |
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“Mestre, onde quer que esteja, saiba que eu protegerei Athena com a minha vida se for preciso, não deixarei que nada de mal aconteça a ela. Eu vou rezar por você.” |
Voltou-se, ficando frente a frente com seu inimigo novamente. O jovem cavaleiro agora parecia um homem completamente diferente. Seu oponente podia perceber isso não só pela forma como ele caminhava sem pudor em sua direção, mas também pela força que o rapaz transpirava desde então. A leve aura esverdeada que envolvia o corpo do rapaz agora dava lugar a uma cosmo-energia muito mais poderosa, tanto que pequenas chamas verde-água fulguravam em volta de todo seu ser, subindo em direção ao céu nublado. Os cabelos levemente molhados pela chuva que caía nos arredores do santuário se ondulavam de um lado para outro, parecendo querer acompanhar o ritmo dos passos do rapaz decidido a dar um ponto final àquele circo. Não interessava mais de que lado estavam, espectros, guerreiros deuses, ex-companheiros... Se estavam ali com a mesma intenção, todos eram inimigos. E todos os inimigos iriam pagar pelo que estava acontecendo ali. Giganto seria apenas o primeiro da lista. Estendeu a mão diante de seu corpo, apontando para o inimigo, e deixou sua voz enraivecida ecoar pelos ventos do santuário. |
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- Saia do meu caminho, ou irá provar toda a fúria do Dragão! |
Teste legal. Achei interessante a humanizada e a relação com a Shunrei, da forma que foi demonstrada. Achei o Shiryu bem coerente. Algumas vezes deu a impressão dele estar realmente bem fiel ao anime.
Teve uma falha engraçada ao falar sobre o guerreiro de Asgard. Não sei porque disse isso, mas deve ter sido um lapso temporário. Acontece com qualquer um.
No mais, fez um bom teste.
APROVADO