Galaxyan Explosion: Técnica suprema de Gêmeos. É dita que ela possui o poder de destruir galáxias (milhões, milhares, ou bilhões de estrelas. Woe) de estrelas inteira. A destruição dessas galáxias chama-se supernova. São detalhes, mais visuais que propriamente caracterizadores do poder da técnica. Com uma postura tal dos braços, acima da cabeça, a técnica é utilizada, e, com semelhante poder, toda a área atingida explode e é varrida pelo golpe. Ela pode ser usada no ar (durante o salto) ou em outras situações ou posições diferentes. Também é sabido (Saint Seiya "normal") que a técnica pode ter sua trajetória modificada (alguém lembra de Saga vs Lúcifer?). É isso. E, mais importante ainda! Deuteros dificilmente a usa. Na verdade, ele a substitui pelo Mauros, por questões de "sentir asco da técnica que Aspros usa".
Mauros Eruption Crust: É a técnica desenvolvida por Deuteros, na Ilha Kanon. Ele pode, através do seu controle da lava, do magma, criar um rio dessa substância, dessa energia, que acomete o oponente numa explosão, de cima para baixo (o troço explode nos pés dele). Como já foi sugerido em outros lugares (fóruns), não... a técnica não depende de que HAJA MAGMA OU LAVA ao redor (algo como uma técnica que dependa de terreno específico) para seu uso. Prova disso é o momento em que é usada: no templo de Marte (Ares), na luta contra o viadinho do Aspros.
Genromaoken: Deuteros pode usar a suprema ilusão que controla o cérebro da vítima, o genromaoken (popular satã imperial). Essa técnica foi aprendida por ele junto de Aspros, quando este ainda estudava para superar a todos e se tornar o novo grande mestre. Obviamente Deuteros o seguia, e estudara junto a ele todos esses conhecimentos secretos. A técnica não apenas controla o cérebro do oponente (até que este veja a morte ante seus olhos), como também pode alterar partições da sua mente: a memória. Com a técnica, ele consegue fazer com que Dohko esqueça sobre algumas coisas a respeito da armadura e do sangue, e ordena a ele apenas que siga e entregue a armadura para Sasha.
É isso. Além dele conseguir controlar dimensões e o magma (coisa perigosa de se dizer, uma vez que não se sabe o limite desse tipo de controle), e tais técnicas, não haja nada a mais.
Vocês podem dizer que os mitos, apesar de tudo, não são verdadeiros. Não são nada que não a ciência e a superstição de um povo. Mas eu... Eu sei. Eu sei de um deles que é... real. * * * |
- EXPLOSÃÃO GALÁCTICAAAAAAAAA! |
A colisão entre as galáxias. A supernova... - Um fenômeno... transcendental! No malévolo céu do Templo de Marte, as estrelas implodem. A vida inteira implode. O sangue parece correr para além do corpo, tal como se os vasos sangüíneos, agora, regassem toda a vida que a Explosão Galáctica arrebata. Sim! Emoção! Uma emoção pulverizadora, uma emoção auto-destrutiva, uma emoção indiferente à... à própria morte. A extensão dos braços eleva uma estranha forma de arquitetura para a destruição. Toda a animalidade, toda a vibração cósmica, acendia-o em todos os seus limiares físicos e psíquicos. Apesar do seu BERRO, que cruzaria montes e montes, apesar do RUGIDO, o intenso rugido que brotava das cavas mais profundas do seu ego, como das erupções de Kanon, algo em seu coração, em seus olhos, que eram o presente máximo de sua estrela do desastre, olhava para Aspros, e de Aspros para além. Menos talvez... Que dois anos atrás... * * * |
A primeira coisa, de que se lembrava, era o sol. Um sol intenso, deixando o seu rastro sobre os vestígios de enxofre naqueles vales vulcânicos e pedregosos. Um sol sulfúrico, um som de brasas, que ressecava a carne dos corpos e sobre os fortes depositava sua aura morena de força e soberania. Um grito!, entretanto, o rompia. Pedia ajuda. Gritava por socorro. Nada que não excitasse ainda mais os seus instintos. |
- CONTINUE GRITANDO. VAMOS! LEGIMITIA A TUA FRAQUEZA COM UM BOM ESFORÇO DESSES PULMÕES FRÁGEIS. HAH! |
De alguma forma, quando devorava o coração de suas vítimas, a fantasia de estar devorando suas recordações o acometia. Era quase uma perversão... A de, desejar no imo, devorar a alma sedenta de misericórdia daquele fraco. Mas... O que faria com ela? Que nutrientes extrairia daquela carne e daquela alma? Envolto por vapores piedosos, seus dentes afundavam na medula, extraindo todas as quintessências sanguíneas daquele fracassado. Mas seus olhos, antes arregalados por tal ímpeto de destruir-se junto àquele homem, arregalados pelo sutil desejo de aniquilar sua própria identidade, de superar a própria individualidade que um dia caracterizara o último sucessor de Gêmeos, agora... Agora baixavam-se, à medida que recordava... |
De que a lucidez é amarga. |
"O que foi que me tornei?..... E por quem? Por quem me tornei este monstro? Este "Demônio"? Isolado de toda a humanidade, supunha-se que ficaria mais forte. Renegando a humanidade inteira... Supunha-se que eu me tornaria inflexível como uma pedra. Supunha-se..." |
Quando deu por si, seus olhos fundos e ferinos encaravam firmes o rosto contorcido daquele cavaleiro de bronze. Bruscamente, afastou-se como diante de um verdadeiro demônio - ele, o cadáver mutilado, estranhamente sorria; Seria mesmo um sorriso ante a própria morte? Teria delirado ao perder aquela grande quantidade de sangue? Ainda, mais de súbito, sentiu um cosmo, um cosmo que de há muito tempo recordava. |
- Asmita... - Ele ainda estava de costas, observando que aquele rosto vazio já não mais exibia qualquer tipo de alegre sorriso, de sorriso pacificador. |
- Não dou a mínima para isso. Conciliados ou não, os homens fracos são o meu alimento. Seus tecidos aprazem o meu paladar, por serem macios como os sonhos de uma criança ou por resistirem como espíritos perturbados. São flexíveis, são modestamente felizes com suas debilidades, e, ainda por cima, criaturinhas arrogantes. |
Estava voltado para Asmita, agora. A armadura reluzia ao sol meridiano da Ilha Kanon. Os ventos dos trópicos banhavam aquelas terras inférteis com uma sensação árida de inferno. Rios de gases tóxicos se dirigiam aos céus, intermitentes, mas desfaziam-se no mar azul do infinito. Asmita sorria. |
- ... |
Aos poucos, um misto de raiva e indignação tomava conta de Deuteros. Tomava conta de todo o seu corpo. Seus cabelos encobriam seus olhos, como se os apagassem com aquele cortinado azul dos ímpetos, dos instintos de fogo. Os vapores da ira pareciam vibrar para fora de seu corpo, todas as moléculas separadas pela ebulição dos seus instintos, das suas lembranças, dos pequenos desastres da sua estrela. A parede de rochas¹, partindo-se, divida em dois, em seu lapso mnemônico. "Você se recorda?", dizia de si para si, meio lúcido e meio inconsciente em seu próprio transe, em sua visita silenciosa ao passado. |
- DO QUE ESTÁ FALANDO, ASMITA? JÁ ME BASTO, A MIM MESMO. AINDA QUE PETRIFICADO PELO TEMPO E PELA ESPERA DO DIA EM QUE TORNAREI A ENFRENTAR MEU IRMÃO, EU ME TORNEI A PRÓPRIA ROCHA E O PRÓPRIO MAGMA. TUDO...! |
- Tudo quanto foi fraco, tudo quanto foi ofuscado pela luz daquele que foi meu irmão... Tudo foi SUBMETIDO ao poder autêntico da minha estrela do azar. Hah! Quanta amargura não deves sentir em minhas palavras... Mas para buscar a ferocidade desta estrela, mesmo contra a dignidade humana eu atentei, mesmo contra a razão ou contra a ordem, eu levantei as minhas mãos e nelas deixei que unhas em garras crescessem, que minha pele se tornasse sólida como o granito, e que minha voz se tornasse o grito definitivo de toda a natureza. |
No começo, Virgem teve a impressão de que toda a Ilha se levantava contra ele, todas as rochas, todos os altos cimos dos vulcões, e mesmo a força, a imponente força da natureza, parecia agitar-se lá no fundo deste planeta. A esta leve impressão, agachou-se e tocou, com as pontas dos dedos, aquela superfície áspera. Deuteros, ainda tomado por uma súbita emoção, olhava com apreensão. Era um gesto tranqüilo o daquele cavaleiro de ouro, mesmo em face do tremor dos vales e dos ventos. |
Asmita levantava-se e dirigia-se até Deuteros. Seus olhos cerrados, a piedade em seu rosto, a severidade de suas palavras... Tudo nele, para Deuteros, remetia a um antigo ideal seu de pai. |
Deuteros estavam em silêncio. Jamais lera absolutamente nada sobrem as gerações antigas dos deuses, nem mesmo sobre a história da Humanidade. Tudo quanto aprendera sobre ela, já há muito esquecera. |
Deuteros sorria, revelando suas presas de lobo. |
- É engraçado... Que coisas tão opostas se completem desta forma,... - Ele dizia, com um tom de voz sereno, quase nostálgico. - ... tudo para o sofrimento deste bichinho asqueroso que é o homem. Hah! Que patéticos... Somos nós, não é mesmo? |
Asmita estava sério. |
O sorriso de Deuteros se expande. Ele se lembra, da sensação de tal sorriso. A mágoa o lustrava, com sua saliva levemente salgada, levemente ferrosa. O que disse, após aquelas turvas palavras, aquele filosofismo típico de seu velho amigo, foi qualquer coisa como "me agrada enlouquecer, Virgem, me agrada submeter tudo aquilo que me odeia. No fundo, me agradaria ainda mais que me odiasses, mas sei que o que falas são palavras dirigidas a um amigo. Um amigo que jamais confessou os seus segredos." * * * |
Acabou. A batalha finalmente... Acabou. No firmamento, ainda restava pedaços do falso templo de Gêmeos. No firmamento, ainda restava vestígio da energia que esmaga galáxias inteiras de astros, iluminando a tudo vagamente como o corisco distante. Encoberto pelo próprio sangue, ainda na postura de sua técnica, Deuteros observava bem as feições de Aspros, sua fisionomia. Seus próprios olhos, em oposição aos vivos do irmão, estavam cansados. Sua boca, em oposição àquele sorriso triunfante e cretino, estavam calada. Seu coração, ainda batia lento. O fluxo do sangue ainda por sobre a armadura, como a queda naquela cascata de magma: carregava consigo todas as quintessências daquilo que devorou e que digeriu. No fundo, olhando para Aspros, para aquela tola ilusão que, pouco a pouco, desfazia-se, para tudo quanto foi e desejou ser, não pôde deixar de pensar: era inútil. Inútil separar-se da vida do seu irmão. Não que a ele fosse submisso, e isso passara a compreender, mas a verdade é que... Suas duas vidas, na consonância, no compasso supremo das coisas do Universo, até então, mesmo que separados pela mão da Morte, não conseguiam não... palpitar juntas. Por isso... Por isso, sua decisão foi esta. Viver em consonância... com a vida do seu irmão. |
Ele ainda não compreenderia nada. Não compreenderia suas palavras, suas palavras que já haviam antecipado aquela verdade. Olhava para o céu, que já parecia ter sido invadido por uma aurora. Ou era delírio dele? Talvez. Talvez fosse a aurora de sua nova vida. Como seu amigo gostaria de dizer: "talvez fosse a aurora conciliação com seu próprio Destino." |
Player: Karasu
Nick anterior: Mouses de Baleia Branca
Comentários: Teste razoável. Nada de excepcional. Escreveu bem, sem grosserias, mas teve alguns momentos muito desnecessários como ficar fazendo um discurso alheio ao tema, que é a interpretação. Nem sempre meter parábase no texto serve de alguma coisa. No caso, aqui, como ocorreu no primeiro parágrafo, por exemplo, não serve de nada.
No entanto, soube interpretar o personagem, embora eu pense que em certos momentos é bem melhor simplificar do que complicar. Fica a dica de, se possível, tentar rebuscar menos as coisas inutilmente e planejar o turno de uma forma mais clara e menos obscura. Não no sentido de se fazer difícil ou não de se entender, mas no sentido de escrever coisas simplesmente por escrever.
Parabéns pelo novo nick.