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Finalmente chegava, em suas mãos um ramalhete de belas rosas vermelhas, já fazia tempo que ele não visitava aquele local amaldiçoado por Athena. É característica sua não juntar-se aos seus amigos, preferia a solidão – estava acostumado e sentia-se melhor assim – afinal a terra estava aparentemente em paz, desde aquele dia, ele não visitou mais o seu irmão, nem mesmo Seiya. Apenas houve rumores que o cavaleiro de bronze estava em coma permanente após a batalha contra Hades. Mas não sentia pena de seu companheiro, aliás, este sentimento não compõe sua índole, ele apenas precisava continuar sua jornada de sempre, atravessando dimensões até obter as respostas que precisava. Como era de costume, guardava todos aqueles pensamentos, de certa forma inúteis, para ele. A forma simplória de agir o fazia banalizar até mesmo as essências mais bem estruturadas. Aquele era seu jeito de ser, pois naquele local a qual voltava depois de anos lhe ensinara a ser assim. Sua sombra moveu-se primeiro, e depois o corpo. De trás de algumas ruínas acabadas da ilha, ele saía com um traje, talvez, propício ao momento. Uma calça jeans surrada, uma regata azul sem estampas e desfiada, um tênis cinza e sem muitos detalhes: simples e discreto. Um vento cortante fez com que seus cabelos serpenteassem, embaraçando-se entre si. As rosas que carregava permaneciam intactas mesmo diante de todo aquele calor, ali não havia vida, mas as rosas estavam protegias.
Então, finalmente ele conseguiu enxergar a grande construção de mármore que havia construído outrora, ainda estava do mesmo jeito que havia deixado antes, aproximou-se descansando o buquê sobre o solo. Leu atentamente a frase que estava na catatumba. “Descanse em paz no sono eterno...Esmeralda.” Ele não era muito bom com aquele tipo de frases, quando construiu aquele túmulo ainda estava dominado pelo ódio, foi portanto, o máximo que conseguiu fazer em memória de sua amada. Era sua primeira visita ao passado, tinha de resolver as lacunas de seu interior, aqueles eram talvez os seus pontos fracos e ele desejava que fossem pontos fortes, nunca mais poderia passar pela mesma situação que passou nos sete mares, era perigoso demais. Ele sabia que hora ou outra surgiria um novo mal e os cavaleiros da esperança seriam mais uma vez convocados, tinha de estar pronto, tinha de estar invulnerável.
Suas mãos passaram vagarosamente sobre o mármore, acariciando-o. Agora era hora de ir ao vulcão, sua casa, o local onde manteria seu treinamento, o mais intenso entre os cavaleiros, para que estivesse pronto como sempre. Deu as costas ao tumulo e então caminhou afastando-se do mesmo. De repente alguns outros pensamentos lhe vieram na mente lhe chamando a atenção de certa forma. Um sinal? Talvez...
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“Para que lutar? Por que temos que tirar a vida de nossos semelhantes? Qual o sentido real de um combate, se não ignorância e violência? As coisas poderiam ser resolvidas de formas pacíficas e, desta certa forma o mundo viveria mais feliz, não existiria dor. ” |
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- Era mais ou menos assim que ele costumava dizer. Eu nunca entendi a sua causa, irmão. Talvez ainda hoje eu não tenha sabedoria para compreendê-lo, porém o mundo pelo qual lutamos e pelo qual beiramos a morte por tantas vezes a fim de proteger, mais uma vez está ameaçado... Lutarei por Athena, por você e por esse mundo ao qual amamos tanto. |
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Sentia um cosmo diferente e muito poderoso. Estava pronto para seguir seu destino, o destino que aceitou desde o momento ao qual preferiu ir à ilha da rainha da morte no lugar de seu irmão menor, optando sofrer o diabo para se tornar cavaleiro e assim poder o proteger. Se um novo cosmo surgia, significava que uma nova ameaça pairava sobre a terra, mais uma luta, mais uma provação. Ele estava pronto, anjos ou demônios, as chamas da fênix sobrepujariam o mal seja lá qual fosse.
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