Io de Scylla (Lama) x Niobe de Deep (Shin)

Ambição! Um sentimento que jamais saíra dos sentidos de Hades. Aprisionado no submundo, enfraquecido em seu corvil, o Deus dos mortos precisava agir e, assim, reconquistar o medo dos humanos; medo este que o tornava mais forte e pronto para dominar. A terra era o desejo, mas as tentativas frustradas fizeram com que os generais, com o aval de sua majestade, decidissem realizar outro tipo de investida. A terra era o objeto de cobiça, mas o caminho mais próximo para obter o êxito daquele que habita as profundezes eram os sete mares. Foi ordenado! Os espectros iriam avançar e tomariam o reino submarino, sob pena de passar por cima de tudo e de todos os que tentassem impedir. Hades não tolerava falhas.

- Lembra-te que tua cabeça está na lâmina dos meus fios, Niobe. Está ciente da importância desta operação para os planos de sua Majestade, o Imperador Hades?

- Sim, Sr. Minos. Não falharei! No reino Submarino tenho certa vantagem em combate. Ahahahaha ahahahaha!

- Se acaso Falhares, eu mesmo quebrarei cada estrutura óssea do teu corpo, reduzirei a pó. Agora vá e junte-se aos outros espectros, temos que tomar toda a área do reino de Poseidon, só assim conseguiremos o triunfo. Os Generais Marinas jamais foram páreos para nós.

- Aqui peixinhos, sinto muito, mas o ambiente pisciano não ficará com esse aspecto viável por muito tempo.

)|( PREFÁCIO ON )|(

|X| Era como se fosse um jogo de xadrez, os poderes dos deuses estavam em xeque e as peças tinham que ser devidamente mexidas. Os reino que as divindades dominavam estavam ameaçados, Poseidon e Hades tramavam estratégias para derrubar Atena e assim conquistar o mundo. Mas antes, um desses dois deuses teriam que cair e sendo assim Hades toma iniciativa e declara guerra a Poseidon. Os espectros iniciam uma invasão em massa com o único intuito de destronar o deus do mar, os mariners ficam em alerta total à espera da chegada de seus inimigos. Uma carnificina se desenrolaria abaixo do oceano sem qualquer perspectiva de quem seria o vencedor. O aroma e as cores das algas e corais dariam lugar ao sangue. |X|

)|( PREFÁCIO OFF )|(

¤Pilar do Pacífico Sul¤

|X| De frente para o formoso pilar do Pacífico Sul e de costas para a escadaria uma linda mulher estava a executar sua prece. Coberta por um manto alvo a bela mulher deixava que sua voz ecoasse serenamente naquele ambiente podendo chamar a atenção de qualquer um que passasse por ali. Uma energia azulada contornava seu corpo, correntezas de ar rodeavam aquela figura formando uma espécie de barreira que a protegia. Aparentemente aquela criatura tão formosa não possuía um cosmo hostil, muito pelo contrário... |X|

[...]

|X| Quem seria aquela mulher? Que segredos ela guardava? Na mitologia existia um monstro que se chamava Skylla, e este ficava na encosta do mar, precisamente em cima de uma pedra. Seu corpo era dividido: Na parte de cima a figura de uma “virgem” fazia-se presente e abaixo encontrava-se seis bestas demoníacas. Quando os navios ocupados pelos marinheiros se aproximavam aquela solitária mulher atacava-os liberando os demônios, matando todos. Por sinal, era sua prece e voz que atraiam aqueles pobres coitados para a morte. As seis bestas infernais eram: águia, lobo, urso, serpente, abelha e morcego. Mas... Aquela mulher era realmente Skylla, a besta assassina? Não era o que parecia... |X|

[...]

|X| Por alguns instantes a misteriosa mulher pausava sua prece, tinha sentindo algo se aproximar do pilar, em sua face alva um sorriso demoníaco era moldado... Em sua orbes um brilho escarlate era notado. Chegava a hora de revelar os seus “segredos” para aquele intruso que acabara de despertar sua atenção e acordar as bestas presente em seu corpo. Definitivamente...Aquela era o temido monstro do mar. |X|

Era muito cedo para afirmar qualquer impressão a fim de diagnosticar. As ordens, apesar de claramente enfatizadas, perdiam-se em meio à imensidão sem fim do reino de Poseidon. Como poderia um dos três Kyotos subestimar de forma tão acintosa a capacidade de um Marina? Experiência? Mas, na verdade, eles já travaram outros combates? Acredito que não se pode estipular o peso maciço de um soco sem antes o sentir destroçando seu maxilar, é, de fato, algo um tanto quanto imbecil de se dizer, mesmo para um dos três poderosos Kyotos. Até porque, sendo os Marinas inferiores, os cães maiores de Hades não precisariam utilizar suas pulgas, poderiam fazer o serviço com os próprios punhos. Acredito ser coerente, mas, em uma guerra, o pelotão de frente é composto por reservistas; os soldados mesmo vêm três pelotões depois.

- Niobe de Deep, da Estrela Maléfica, espero que tenhas consciência da tua missão. O Imperador Hades não tolera falhas! Eu terei o prazer reduzi-lo a pó...

- Foi mais ou menos assim que ele disse…

- Mas... Hein?

- Mas o que temos aqui?

As correntes de ar, assim como a forte e circular que parecia rodear a moça, corriam naturalmente no local; não havia nenhuma intervenção cósmica, visto que o próprio cenário, por si só, proporcionava essas correntes. O combate aconteceria mais cedo ou mais tarde! O inimigo se revelara, ou talvez não...

|X| O tempo passava e aquela bela jovem continuava com sua prece, sua voz soava baixo e era inaudível a uma certa distância. As correntezas de ar se intensificavam fazendo com que o manto alvo que lhe cobria tremulasse, o mesmo acontecia com sua cabeleira azulada. Em seus olhos predominava um tom escarlate e com a chegada do inimigo sua energia que era inofensiva se tornava hostil demais. Sua voz não podia ser mais escutada deixando um silêncio sepulcral tomar conta daquele ambiente. Pensava: |X|

”Minha prece trouxe quem eu desejava. Finalmente ele chegou..."

|X| A mulher sentia que o estranho se fazia-se presente, ou ao menos imaginava, caso não estivesse enganada. Virava seu corpo ficando de frente para a escadaria, ajoelhada procurava sua vítima ao mesmo tempo que procurava sentir o local e suas energias. Seus olhos vasculhavam cada metro quadrado do local enquanto aquela correnteza gélida tocava sua pele. |X|

[...]

|X| Explosões podiam ser sentidas no reino de Poseidon, pareciam bombas que faziam tremer toda a estrutura, certamente eram outras batalhas que estavam em seu desenrolar. O invasor que estava ali podia sentir seus ouvidos zunirem, sons de bestas ecoavam agora em sua mente. Já a virgem retomava sua prece, uma energia azul moldava seu corpo, algo parecia querer sair de dentro dela. Logo um morcego podia ser visto e em segundos dezenas. Davam rasantes ao redor daquela mulher, parecia procurar algo. Aqueles morcegos vampiros não eram comuns, apesar de cegos possuíam “radares” que localizavam qualquer inimigo. Ao detectar sua vítima os morcegos chupariam até sua última gota de sangue. Enquanto isso, a mulher continuava rezando como se nada estivesse acontecendo, a energia daquelas besta provinha dela, era o que parecia aos olhos daquele ser. O cenário mudava, ambos parecia estar em um espaço sideral enquanto a imagem de um enorme morcego de olhos rubros se formava por de trás da figura da mulher. Era seu cosmo? |X|

Se não bastasse o destino insano, as controvérsias da guerra e, além dos desejos gananciosos dos Deuses, a obediência leviana, o fardo daqueles que nasceram para viver da morte tornava-se bem mais pesado. Um lobby da guerra, conhecido historicamente como “Força e Honra”, escancarava explicitamente a incoerência que se estabelece desde os primórdios da humanidade. Reis, Coronéis, Generais... Generais? Sim, talvez até mesmo eles recebam a glória sob o sangue daqueles que morreram em combate. E isso, acreditem, acontece mesmo nos dias atuais. Eles são, apenas, ferramentas de guerra. Apenas animais!

- Maldito Minos, quem ele pensa que é? Não faço parte dos subordinados ridículos dele, mesmo assim, ele ordena e impunha toda responsabilidade. Tratarei de eliminar esse verme e, em seguida, me juntarei ao Mestre Radamanthys. Minos não perde por esperar.

|X| Inúmeros morcegos partiam de encontro ao invasor, o mesmo parecia não se importar com a presença nociva daqueles mamíferos e caminhava normalmente. A bela jovem continuava na mesma posição, seus olhos acompanhavam todos os movimentos realizados por aquele homem misterioso. Os morcegos caiam como uma chuva sobre o corpo de Niobe, aquilo parecia não lhe incomodar, pois aqueles animais sucumbiam um a um após o ataque. Será que eles conseguiram ao menos sentir o gosto do sangue daquele ser? |X|

[...]

|X| Depois de presenciar aquela cena nada agradável, a bela jovem expressava um tímido sorriso, a mesma ficava de pé enquanto o intruso lhe dizia algumas palavras. Naquele momento era o fim do teatro. A jovem gargalhava em alto e bom som enquanto avançava sobre Niobe montada em seis bestas infernais. |X|

-HAHAHAHAHAHA!

- Meu convidado se saiu muito bem ao se livrar dos morcegos vampiros... Mas isso não é tudo, meu caro. Será que consegue escapar da morte, criatura medonha?

Tão certo quanto à vida é a morte. Tão duvidosa quanto à verdade, é a certeza de que, pouco ou muito tempo, você irá viver. Talvez esses fossem alguns princípios claros naquele embate, diante de tantos pontos cegos... Como os morcegos, por exemplo. No entanto, o que não se podia imaginar diante de tanto suspense, é que os antagonistas fossem reais. Acontece que existe um veículo invisível, mas perceptível diante de sensibilidade, e esse veículo é, de fato, um adversário ferrenho em determinadas situações. Tudo ali era muito misterioso, inclusive aquela moça que se prostrava frente ao pilar. Após aproximar-se da moça e proferir algumas palavras, era a vez de o espectro se surpreender com a visão da moça montada em seis bestas infernais projetava-se em sua frente, com um gargalhar macabro atordoando um pouco o espectro.

Mas que diabos são isso? Parecem bes....tas. Como eu imaginava nada disso é real, mas espera, os morcegos, os morcegos eram reais; e...les buscavam o meu corpo e morreram, eu tenho certeza disso.

|X| Ambos já estavam ciente que o embate não começava agora, o mesmo já se desenrolara quando pisaram naquela “arena”. A energia cósmica do General Mariner estava no ápice, uma parte da escama estava destacada, a besta fora convocada. Uma vez chamada, não tinha como mais retardar aquele ataque, sairia por bem ou por mal. O campo de batalha se divida entre a luz e as trevas, com uma pitada de um verde oscilante provocado pelo espectro que agora ditava palavras e também o “jogo”. Io, demonstrando total desprezo para com seu adversário semicerrava os olhos enquanto ele se pronunciava, até que... |X|

-Ir embora? Você ficou louco! HAHAHAHAHA!

|X| Suas orbe estavam agora abertas, sua expressão era de surpresa já que Niobe mencionava que a luta tinha acabado e o seu tempo também. Não podia ficar mais ali. O General não entendia, imaginava que aquele ser ridículo tinha perdido o juízo. |X|

-Ora seu...

- Mas...Mas...Que fragrância é essa? Meu corpo esta ficando paralisado! AHHHH!

“Então essa camada verde era seu perfume venenoso e estava por aqui desde o início...Não pode ser!”

-Eu...eu perdi...

-Ferrão da Abe-lha...

-Droga...Não posso morrer assim. Poseidon...

Estava programado independente de proximidade ou distância, aquele cenário era perfeitamente favorável ao espectro, o adversário era consideravelmente mais poderoso, entretanto, parecia não ter apenas um, e, sim, dois inimigos e esse segundo inimigo transformava seu adversário em um ser perigoso, fazendo com que a desvantagem de poder fosse ligeiramente compensada com as circunstâncias.

... os morcegos não chegavam sequer a tocar o corpo do espectro, já caiam um a um estranhamente ao seu redor.

Aaaahahahaha não pode ser apenas essa jovem o meu adversário, isso é uma ilusão e o verdadeiro general marina está por aqui, eu só não entendo o porquê de não conseguir senti-lo. Como eu imaginava, essa brisa que circula no reino submarino me dá certa vantagem. Cante jovem, cante enquanto minha fragrância doce se espalha por todo lugar deste pilar. Quando o general resolver aparecer será tarde demais, pois seu espírito estará indo rumo ao hiraska aaaaahahahahaha.[/i]

Agora, de fato, havia começado o combate e ambos estavam expostos. Naquele momento o que definiria vencedor não seria o mais forte ou o mais fraco, mas, sim, o fator surpresa. Este que já estava em execução apenas teria que vir atona no momento certo, ou melhor, com naturalidade o alvo iria sentir o efeito deste fator em seu próprio corpo. O General Marina falava com tom austero, confiante, seguro de si, mas não causava ainda que com totais condições, medo em Niobe. Pois não demoraria mais muito tempo até que toda a musculatura daquele homem atrofiasse diante daquilo que seria o efeito surpresa e, talvez, a arma mortal do espectro.

- Pois muito bem, Io de Scylla!, gostaria muito que esse nosso encontro fosse mais duradouro, mas preciso resolver outras pendências...

O cosmo do espectro se intensificava, mas, para surpresa do Marina, ele apenas dava as costas como se não desse mais importância ao combate. Estaria ele entregando os pontos?

Dava três passos distanciando-se do General, paralisava as passadas e, com um sorriso cínico, dizia em alto e bom tom:

- Eu te apresento a fragrância da morte.

|X| Ambos já estavam ciente que o embate não começava agora, o mesmo já se desenrolara quando pisaram naquela “arena”. A energia cósmica do General Mariner estava no ápice, uma parte da escama estava destacada, a besta fora convocada. Uma vez chamada, não tinha como mais retardar aquele ataque, sairia por bem ou por mal. O campo de batalha se divida entre a luz e as trevas, com uma pitada de um verde oscilante provocado pelo espectro que agora ditava palavras e também o “jogo”. Io, demonstrando total desprezo para com seu adversário semicerrava os olhos enquanto ele se pronunciava, até que... |X|

-Ir embora? Você ficou louco! HAHAHAHAHA!

- A corrente venenosa penetra direto pelos poros destinando a corrente sanguínea com extrema facilidade, os efeitos são dos mais simples aos mais complexos, uma vez correndo no fluxo sanguíneo, paralisa o sistema nervoso central e, em questão de segundos, a vítima se encontra no sono eterno da morte, caindo no portal do Hiraska. É inútil continuar lutando contra alguém que já está morto, General. A fragrância profunda te conduzirá ao Hiraska, aprecie o sono eterno da morte.

... Uma bela jovem a minha frente, uma miragem, talvez uma peça pregada por aqueles que defendem o reino submarino. Mas, o que é isso, essa canção ela... ela me parece muito real. Tolice preciso agir e ganhar tempo, não posso me distanciar do Sr Radamanthys. Essa corrente marítima acaba se tornando um poderoso aliado agora posso espalhar minha fragrância por toda parte. Não quer mais perder tempo agora é forçar o meu adversário a se expor, pois se meu oponente estiver oculto por aqui, quando se der conta, estará cruzando o buraco sem fim do hiraska ahahahahahahaha ahahahahahahahahaha. Vamos, General, apareça, respire esta fragrância e durma eternamente o sono da morte.

- E foi assim que você assinou sua sentença de morte, Marina. Nós espectros gostamos de pregar peças nos oponentes, gostamos quando somos subestimados e a resposta é deflagrada com a fragilidade de nossas vítimas. Nesse momento você já não pode me ouvir, pois o seu espírito está descansando profundamente no sono eterno da morte e seu corpo, bem, seu corpo permanecerá intacto. General Marina, foi um prazer.

Todas aquelas palavras já eram proferidas a um certo passo de distância. O espectro já rumava em direção ao próximo pilar, ou seja, ditava palavras com tom de desprezo dando as costas à estátua que se transformará o cadáver do Marina. Finalmente havia cumprido sua missão, mas ainda queria acertar as contas com Minos, partia em busca da permissão para agir.