"XV Fecho meus olhos, e os volto para o meu coração, Como um homem que pede vinho antes de lutar, Visão mais feliz, de outro tempo, eu quis saborear Para ficar mais apto a encarar minha missão. Pensar antes, lutar depois, eis do soldado o bordão: Um vislumbre do passado pode a tudo acertar." |
No ínterim que passou-se, adentrou sem qualquer receio que poderia haver ali. Oras, era um recomeço. Agora poderia mudar a ordem dos fatos, já viu aquela cena e agora conspurcaria a pureza daqueles que fizeram promessas infindáveis para a Deusa da Guerra. Aquiesceu com a sua intuição, que o cutucava, com mais frequência do que em outras vezes. O alertava! "Não temos tanto tempo assim, ande! Você precisa fazer este trabalho. Só você poderá fazê-lo sem algum remorso posterior. És o único que aguentará o peso das mortes em seus ombros e não deixará seus joelhos tocarem no chão." A luz mortiça que carregava consigo, em seu rebento, era tudo o que precisava para afugentar até os mais corajosos cavaleiros. Eles sentiriam o odor da morte assolando-lhes. Esgueirando-se como uma víbora, prestes a dar o bote. Aspirou o própria miasma que o seu rebento exalava. Exibia aquele sorriso vil, cheio de ódio, e os olhos piscaram e ele dera mais uns passos até ver quem estava te esperando dentro da casa aquariana. |
- Então você veio. Já estava achando que teria que matar o seu parceiro ali em cima, mas como você apareceu, julgo eu que terei que acabar contigo primeiro, depois ele. E os poucos que sobraram. Aposto como essa era só possui verdadeiros medrosos que se refugiam embaixo das asas acolhedoras da Athena. Mas não se preocupe, não durará um arco longo para que eu possa realmente levá-la ao encontro do Imperador. |
Não retirou o manto do tom do ébano. Mas não postergou mais o embate iminente entre ambos. De fato, uma batalha de mil dias seria travada, caso suas forças fossem equivalentes, mas não despojava deste obsequioso tempo, que com o correr das horas, só agravava ainda mais a sua situação. Tudo já tinha sido devidamente arquitetado, e com a anuência dos demais espectros, consideraram que "A morte" ali, deveria ir na frente, dizimando a horda dos cavaleiros de Athena. E por que não levar aquela "geladeira" para um passeio nos seus terrenos? - Pensou. E o levaria, se pudesse. Deixou todo o cosmo envolver o corpo, o tom arroxeado propagou-se em torno do mesmo. O sorriso tornou-se um esgar terrível, uma gargalhada infausta fora dada em meio à uma corrida insana para frente do cavaleiro. Iria atacá-lo de frente. Queria que ele sentisse a morte esgueirando-se perto dele, e puxando a sua foice e ceifando a sua vida, que para ela era tão importante quanto um ramalho. Colocou a mão no próprio peito, a canhota, para denotar o ênfase em sua frase. |
- Você acha que poderá me deter? Você verá a diferença entre nós. Não vou dizer para você preparar-se por que não te adiantaria de nada, mesmo preparado ou não! Agora VOCÊ irá juntar-se para a terra onde as pessoas fazem fila única... |
O sorriso enviesado mantinha-se na face, não estava tão próximo assim, e apontou a mão destra para o cavaleiro que estava a sua frente. Estava com a insanidade percorrendo todo o seu corpo, como sangue correndo em suas veias. Balbuciou alto o bastante para que o som ribombasse nas paredes e nos pilares das casas. |
... Seikishiki Meikai Ha! |
“Ainda mais novo eu enxergava veemente aquela luz que saia d´um corpo inanimado, morto. Passei a apontar aquele fenômeno como alma. Dentre todas aquelas cenas pareceu-me que o corpo mortal era apenas uma barragem para a verdadeira capacidade que um humano tem, que uma alma tem, e que somos limitado neste plano. Entretanto, para onde vão as almas? Para onde seguem em descanso? O que comem? O que conversam? Será que carregamos um conhecimento imenso que por causa da carne não aparece? E no fim quando estamos à partir deste universo no qual vivemos estamos fadados a um novo início de sabedoria? Cheguei a indagar algo do tipo, por algumas vezes. Eu queria conhecer as almas, e saber o seu destino.” |