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Aiolia de Leão (Yoshiki)
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Prazo de postagem: 07 Dias.
Prazo máximo de duração: 45 Dias.
.... ... .. . O tilintar metálico da armadura em encontro com o mármore, a súbita corrida que incessante se tornava a cada passo, uma premonição para a apocalíptica batalha que definiria de uma vez por todas, a legitimidade dela. A sensação sepulta lhe abate como um raio e logo em seus devaneios surge a figura de sua Deusa. Seus olhos áridos chamejam, cerram-se os punhos e como numa oblata atenta ao perigo iminente. Do intenso treinamento até agora – moldados sob ferrenhos combates até o limite – postula-se um guardião, um guerreiro de Athena. Seiya, consagrado com a armadura de Pégasus. Agora pronto para enfrentar o seu maior desafio, os cavaleiros de ouro. Mesmo contra a fúria dos Deuses para provar que sentimento mortal é este que os impulsiona e os motiva a seguir em frente, mesmo contra a negação do acaso, mesmo contra toda a volúpia daqueles que ainda que superiores, eles conseguem derrotar. Assim era o cavaleiro de Pégasus, que em sua teimosia insana estava preparado para seu destino, ainda que isto representasse a sua glória ou seu declínio. Virou-se para os céus cessando momentaneamente sua corrida; avistou o relógio de fogo, ainda haviam oito chamas azuis queimando intensamente. Não poderia mais perder tempo. Cerrou o punho e se lembrou de por que corria: seus amigos, que colocaram suas vidas em risco por algo maior e também por ela. Voltou a correr e não olhou para trás, afinal, era aquele o modo deles agirem, jamais olhar para trás. Finalmente chegou, a casa de leão, quem será o cavaleiro que ali habita? O quão forte ele poderia ser? Pelo visto anteriormente, todos os cavaleiros de ouro são extremamente poderosos, não poderia vacilar, a vida de Saori dependia de suas vitórias e milagres. Diminuiu o ritmo de sua corrida desesperada, tornando-a assim, uma lenta caminhada. Os olhos desbravavam o local, de um lado ao outro tentando sentir a presença de seu novo inimigo, mas não conseguia sentir nada por enquanto. Alguns pensamentos correram em sua cabeça, assim como em touro e gêmeos, a casa de leão aparentemente não apresentava um cosmo, no entanto, tinha de manter a atenção. |
No que estaria pensando ele imerso naquele devaneio angustiante? De qualquer jeito, isso pouco importa para o Santuário – aliás, nunca importou mesmo. Tudo o que importa para esta sagrada instituição é continuar testando o potencial traidor para ver até onde chega sua proclamada lealdade e por quanto tempo duram seus tão preciosos valores. Isso, meus amigos, é o que eu chamo de "ter que matar um leão por dia". Repentinamente, ouviu passos se aproximando acompanhados de uma cosmo-energia peculiar; virou seu rosto para a entrada de sua casa zodiacal, ainda que não fixasse seus olhos vazios na silhueta que se fazia pouco a pouco perceptível. Somente quando aquela voz familiar penetrou-lhe os ouvidos - como uma alfinetada no espírito, deve-se dizer - é que ele foi arrastado de volta a uma realidade na qual não gostaria de acreditar. Lembrava-se claramente daquela voz e, acima de tudo, não havia se esquecido do rosto daquele garoto oriental. Deixou escapar de seus lábios um solitário vocativo carregado por uma perplexidade gigantesca. |
O brilho dourado do amor que acalma os corações enfurecidos e espanta a escuridão...O cálido cosmo da jovem pela qual lutavam percorria todo o santuário grego a fim de passar o conforto e a confiança que os heróis daquele dia iriam precisar. Soar de instante a instante um passo mal seguro. Abalado pela nocividade e desprezo da empreitada, aproximou-se, seu semblante permanecia inabalado, na certeza de que enfrentaria guerreiros de poderio jamais visto e de que estaria disposto a dar sua vida por suas ideologias e a honra que o levou a se tornar um sentinela da Deusa Athena. Em sua pele, apenas o assobio do vento como aquele que lhe convida ao cancro da morte. Finalmente o homem dourado se revelou. Aparentemente, não emanava um cosmo ofensivo. Seu semblante mudava radicalmente ao observar quem era o portador da armadura de leão. |
Um longo suspiro precedeu alguns segundos de silêncio entre os dois. Seiya ainda mastigava em sua mente as palavras de Aioria enquanto remoia lembranças de um passado não tão distante. Seu punho cerrou-se quase automaticamente conforme o cavaleiro de ouro finalizava seu discurso. Quase não acreditava no que estava ouvindo, Aioria estava realmente ao lado do grande mestre e, pelo jeito, não acreditava na legitimidade de Saori Kido: a verdadeira Athena. |
O cavaleiro de bronze insistia naquela idéia aparentemente absurda; para cada palavra dita, Aiolia não pensava em outra coisa senão em quão dissimulado a criança regida pelas estrelas do cavalo alado parecia. O leão abriu, pois, suas pálpebras e fixou seus olhos incrédulos nos olhos daquele garoto que ele conhecia há muito tempo. Tudo aquilo soava completamente inverossímil! Ele se limitava a acusar o Grande Mestre sem ter à sua disposição o mínimo conjunto probatório e, apesar disso, ainda parecia esperar que fosse dado algum crédito às suas palavras. Sinceramente, como esperar que toda uma convicção enraizada durante anos, negada a lágrimas e posteriormente aceita com toda a amargura possível de existir dentro de uma alma venha a ruir daquele jeito? Seiya só poderia estar louco: era nisso que acreditava o protetor daquele templo. |
Aioros não era uma pessoa cega por suas crenças, não era somente um cavaleiro que defendia Athena. Não! Ele o fazia justamente porque Athena simbolizava todos os valores que ele tinha como preciosos dentro de seu coração; ele o fazia porque via nela a possibilidade de salvação para o mundo através de um “amor maior”; ele via nela não a espada que decepa o mal, mas sim a mão carinhosa que afaga o criminoso e o regenera. A humanidade necessitava de uma deusa assim, e é por isso que Athena era enviada à Terra a cada 200 anos: para trazer a salvação. Ou seja, não era por seguir Athena que Aioros era assim, mas justamente o contrário. |
Aiolia sempre tratou todas as pessoas com respeito, desde aspirantes a soldados, não vendo uma hierarquia real entre cavaleiros de bronze, prata ou ouro em função de suas armaduras ou de suas forças, mas acreditando que eram igualmente pessoas acima de tudo. Não era raro vê-lo andando pelo Santuário com trajes comuns de treino, deixando sua indumentária dentro de sua casa. Ali, nas tardes que passava assistindo os treinamentos no Coliseu, ele se sentia somente mais um dentro da grande causa de Athena – os outros tinham tanto valor quanto ele, apesar da hierarquia formal. |
Mas foi naquele momento que ele chegou à seguinte conclusão: ele era para Seiya aquilo que durante tanto tempo – e até mesmo agora – seu irmão fora para si; quando olhava para Seiya, via a si mesmo no passado diante do cavaleiro de Sagitário. Pensou então que talvez a justiça pudesse ser aplicada de outra forma naquela situação; pensou que talvez pudesse salvar Seiya desta loucura que parecia acometê-lo. O Santuário, com toda sua rigidez normativa, talvez não o perdoasse por aquela traição como não perdoaram – e ele mesmo incluído – Aioros, mas talvez o leonino pudesse desculpar Seiya e guiá-lo pelo caminho correto. Por que tudo precisaria ter o mesmo triste fim? |
Fora tudo muito rápido, só deu tempo mesmo de agonizar em meio aos golpes de Aioria. Ele é arremessado a metros de distância pela casa, sem encontro derradeiro. Seu corpo cortava o vácuo aludindo-o ao vazio, pairou por alguns instantes no ar até ser tomado pelo primeiro impacto. Uma pilastra de sustentação da morada. Chocou-se contra esta que o manteve apenas por uma fração de segundos, logo atravessando a mesma. E assim foi por três destas pilastras, que alinhadas eram logo atravessadas pelo corpo do cavaleiro. Por fim, cai abalado, desdenha sua força e em tom sublime adormece ao chão. Reina um silêncio de morte e o mistério se fecha aos seus olhos serenos, teria mesmo sucumbido às garras do Leão?! Não naquele dia, não com aquele jovem, ainda havia muito a fazer, no entanto, apenas aquela simples energia lançada por Aioria parecia causar uma dor incrível em Seiya, seu corpo havia sido atingido em todas as partes. |
Já de pé ele fitava seu inimigo, esquecendo todos os sentimentos do passado e focando em seus objetivos. Seiya não mudaria seus pensamentos, não importava o que o leonino fizesse. Seu cosmo estava bastante concentrado e então ele iniciava uma corrida por alguns metros até impulsionar seu corpo com ambas as pernas e então saltar concentrando em seu punho uma alta quantidade de energia cósmica – o máximo que ele conseguia concentrar, digamos assim. E então sobre suas costas a imagem da jovem... |
Um se alimentava do outro em um angustiante círculo vicioso: amava-o tanto que aquela decepção instaurou em seu âmago um ódio intenso e virulento; odiava-o tanto que não podia pensar senão nele e de forma bastante arrebatada: pensava em não repetir o mesmo erro, em não se tornar aquilo que ele se tornara e – acima de tudo – em ser aquele cavaleiro que Aioros, quando fazia jus a todos os louvores que lhe eram oferecidos (e ainda o faz, só que poucos o sabem no momento), ensinara-o a ser – amava, pois, seu irmão. Mesmo que indiretamente, tudo em sua vida girava em torno deste eixo duplo. Daquela forma, Seiya - por menor que fosse o seu gesto - cutucava fundo em uma ferida que de tanto doer parecia ter perdido a sensibilidade, muito embora acontecesse precisamente o contrário disso. |
Aiolia tentou recuperar a sobriedade, deixando em segundo plano aqueles delírios que o assombravam. Não tinha tempo para seus fantasmas agora: ele tinha que cumprir a sua missão. Querendo ou não, Seiya tinha se voltado contra o Santuário e contra aquilo que o leonino acreditava. Não importava muito a aparência diante do fato, e isso o lembrou de novo de Aioros de uma forma mais acalorada, deixando fluir pelo seu corpo a raiva que continha dentro de si, cuja pressão esmagadora forçava sua liberação. A faceta impulsiva do Leão finalmente se mostrava. Os olhos o encaravam como um felino selvagem à espreita da presa; a voz retumbou com firmeza, meio áspera, finalmente hostil. |
Embora isso fosse uma coisa boa, causava-lhe certo desespero existencial, como se estivesse fugindo de um perseguidor implacável: sempre encontrava Aioros no final do caminho. Andava em círculos e o via em cada maldito espelho! E quantos ele não quebrou com seus punhos ensangüentados nas noites de desamparo. Por isso era tão difícil lidar com aqueles sentimentos conflitantes, com a amálgama indissociável entre o amor e o ódio. A única coisa que conseguia fazer era tentar consumir-se na inexorável chama da amargura para suprimir o amor e então tentar manter sua força, tentar impor a si mesmo uma imagem própria, um caminho próprio, um destino próprio. |
Então ele ouviu o grito que parecia chegar até sua mente através do cosmo. Era Marin que estava numa situação de perigo, numa difícil luta e que, aparentemente, levava grande desvantagem sendo capaz de sacrificar sua própria vida. Seria então esse o último apelo, a última mensagem deixada por sua mestra? |
. . . Por que estava lembrando de sua irmã? Por que aqueles pensamentos vieram na sua cabeça quando sentiu Marin em perigo? Será que... São meras suposições e desconfianças, mas para ele, em seus devaneios, são quase certezas, talvez pela figura materna que Marin lhe representou durante anos e que se assemelhava bastante ao seu relacionamento com sua irmã. Ela sempre cuidou dele assim como a Marin posteriormente fez, ambas são japoneas e Marin também se perdeu de seu irmão menor. São dúvidas que a muito se fazem presentes nos pensamentos de Seiya. Será que as duas são a mesma pessoa? Então ele lembrou-se das várias outras situações, foi como se sua vida passasse toda na sua cabeça em um segundo, entre a irmã protetora que era Seika e a exigente sensei que era Marin. Seus treinamentos por sinal, foram árduos. Ele desejava mais que tudo tornar-se cavaleiro e encontrar sua irmã, no entanto, será que ela sempre esteve ao seu lado? Talvez.... |
As duas hipóteses possíveis trariam ao jovem grego grande pesar, mas deixaremos para analisar o segundo caso – o que realmente se concretizava para além de nossas suposições – posteriormente. Que seja dito de antemão que ambas instaurariam um estado colérico na alma de nosso cavaleiro. Pois bem, Aiolia confiava plenamente nas capacidades de sua companheira, entretanto, diante dos feitos realizados por aqueles guerreiros, admitir a possibilidade de derrota dela ou de outro cavaleiro de prata era completamente possível naquela situação. O leonino sentiu-se inquieto: ela era uma das pessoas que ele mais prezava naquele local santo, um local que se fechara contra ele e o excluíra de seu seio, um local que marginalizara um daqueles que tanto sonhava defendê-lo. Parecia que o maldito destino insistia em tentar provar que existia! Duas traições e duas perdas?! A sua preocupação transformou-se novamente em ira, e o culpado não era outro senão Seiya – aquele que deveria exterminar. |
Marin não lutava contra os demais rebeldes, mas sim lutava para proteger um deles – seu pupilo. Ainda que não atentasse diretamente contra Athena, ela ia de encontro às leis do Santuário e por isso seria considerada igualmente uma traidora. Na ânsia de alcançar a Shishikyuu para salvar Seiya, acabou entrando em confronto com o gigante Jaki, enviado pelo Grande Mestre para tirar sua vida; não me pergunte como, mas ele – um homem poderoso e com muita influência - havia ficado sabendo de sua interferência na missão de Misty de Lagarto, Mouses de Baleia e Asterion de Cães de Caça e, portanto, decidira puni-la. Aiolia sentiu o cosmo de Seiya se expandindo muito rapidamente, e estava diferente daquele momento em que tocara o sétimo sentido. Havia algo a mais naquela aura que o cobria, havia uma força a mais naquele punho que haveria de se levantar novamente: Marin havia enviado suas últimas energias para ajudar o precioso aluno?! Não, isso não poderia estar acontecendo! Outra pessoa próxima, outra traição; outra pessoa de quem jamais esperaria uma atitude dessas, outra decepção. Sentiu-se o maior palhaço da face da Terra, ingênuo e patético. Já não bastasse tudo o que Aiolia teve de suportar ao longo destes duríssimos anos, agora sofria mais uma pancada seca em seu orgulho, o orgulho que deveria estar reconstruindo e cultivando com méritos próprios. Talvez sua alcunha não mais devesse ser “o irmão do traidor”, mas sim “o tolo que acredita em tudo”. E, de fato, Aiolia sempre procurou acreditar no melhor das pessoas, muito embora fosse incapaz de fazê-lo em relação ao próprio irmão. Mas talvez fosse justamente por isso que aprendera a fazê-lo em relação aos demais. |
Seiya quase não conseguia formar um pensamento, era como se uma chuva de informações lhe afetasse naquele momento crucial. Um momento decisivo, onde ambos depositavam em seus punhos a sua alma. As imagens de todas as pessoas importantes em sua vida vieram ao mesmo tempo em sua mente, chegava a doer, era o fim? Havia desistido? Ou era apenas mais uma daquelas reflexões que tanto lhe incentivavam à luta? Shiryu, Hyoga, Shun, Ikki, Miho, Marin, Seika...Saori... |
Geralmente o sacrifício – ou morte falando sem subjetividades – era algo temido por humanos. É natural, para eles, sentir medo da morte. Mas não com aquele garoto de tão pouca idade, mas com uma maturidade invejável. O sacrifício, se por seus amigos, era algo natural, não que ele aceitasse morrer tão facilmente, mas se fosse por seus amigos, por suas crenças, ou até mesmo por quem ele nunca conheceu, por um mundo que ele não havia desvendado, ele assim o faria. Eram esses os sentimentos que lhe faziam reerguer-se da morte certa e lutar, e lutar.... O seu poder naquele momento superava todas as expectativas, mesmo que fosse novamente por uma fração de segundos, ele conseguia realizar um milagre, conseguia tocar o sétimo sentido em seus fundamentos mais importantes. Os meteoros tornar-se-iam raios incríveis, feixes de luz que já atingiam a velocidade máxima, a velocidade da luz. Um clarão cegou o jovem por alguns segundos e então ele não conseguiu mais sentir nada, apenas o vazio. |
O cosmo renasceu, ele queimava tão intensamente que o jovem pégasus poderia rasgar estrelas com seus punhos, era um cosmo que lhe conduziria à vitória. Pelo menos era isso que ele tinha em seu coração. Essa sensação... Agora um novo cosmo surgia repentinamente, era um cosmo dourado que envolvia Seiya. Um cosmo conhecido, era algo que o próprio cavaleiro de pégasus jamais havia sentido antes, o cosmo era quente, lhe dava forças. Uma projeção surgiu, era a imagem de um homem... |
Seiya, através de um grande impulso, saltava ficando novamente de pé. A aura sobre suas costas revelava a imagem de um homem. Um homem que parecia apoiar o jovem cavaleiro, seu cosmo queimava tão intensamente quanto o cosmo dos cavaleiros de ouro. O cosmo do pégasus era repleto de certezas e era isso que lhe fazia jamais desistir. Finalmente, ele avançava velozmente na direção de Aioria que já estava praticamente fora da mansão de leão, por vezes seu corpo deu lugar à imagem de pégasus que, numa cavalgada insana, corria na velocidade da luz na direção de seu oponente, era questão de tempo até ficar perto o suficiente para tentar agarra-lo enquanto aplicava-lhe uma de suas mais poderosas e eficazes técnicas. A intenção de Seiya era tentar pegar Aioria desprevenido para envolve-lo numa corrente de ar que exercia grande pressão e que formava um turbilhão ao redor de ambos, levando-lhes aos céus. |
- Perigoso parágrafo, em que tu incide uma luz sobre uma motivação, um caráter que Seiya simplesmente não tinha quando criança: Seiya NUNCA treinou por Athena. Arrisco-me a dizer que, nessa época, ele era até um tanto cético (até mesmo por uma questão de sua infantilidade, imaturidade...). Difícil também acho ele ter admirado os cavaleiros, apenas com raríssimas exceções (Aiolia e Marin): acredito que Seiya se sentia uma criança extremamente indesejada no Santuário, por conta de todos os deboches, de toda a insatisfação pelo fato de terem um aspirante oriental. E penso que o próprio Seiya não muito gostava do Santuário, pois fora à força para lá, treinar, se tornar um cavaleiro. O que ele desejava era a irmã.Quando era menino seu grande sonho era se tornar um dos lendários heróis que lutam para defender a justiça em nome de Atena (isso não é verdade)... seu senso de justiça era forte demais e os cavaleiros eram o seu maior espelho.Também havia o fato de que treinava para ficar forte e assim conseguir encontrar sua irmã, mas vamos supor que ao conhecer os ensinamentos e ideologias dos cavaleiros, ele também treinava por outros motivos, igualmente fortes como os que tinha antes.
- Treze anos atrás seu irmão Aioros arriscou sua vida para proteger o bebê que era a reencarnação de Athena, esta criança era Saori, o grande mestre mentiu esse tempo todo para vocês...
(...) pois, suas causas eram nobres.
O sangue dos pequenos cortes em sua pele aflorava pouco a pouco, assim como aflorava em se íntimo a vontade de derrotar logo aquele que lhe impedia de salvar Athena. Agonizava enquanto parecia lutar contra seu próprio corpo
Aiolia não pensava em outra coisa senão em quão dissimulado a criança regida pelas estrelas do cavalo alado parecia. O leão abriu, pois, suas pálpebras e fixou seus olhos incrédulos nos olhos daquele garoto que ele conhecia há muito tempo.
Entretanto, Aiolia tratou logo de tentar podar a esperança de Seiya quanto à realização daquele milagre. Apesar de acreditar que estas façanhas fossem possíveis, ele tinha a convicção reta de que um traidor não conseguiria se sobrepor ao poder de um verdadeiro cavaleiro de Athena, alguém que tinha em suas mãos a força para dobrar as adversidades e no coração um cosmo capaz de proteger a humanidade. Por isso, não se espantou com o fato de seu inimigo ter se levantado.