Primeira rodada - Grupo 2: Mu de Áries (Luck) X Fenrir de Alioth (Ricky-Oh)

por Convidad Sex Out 08, 2010 10:26 pm

Convidad: Convidado

Mensagem nº1

Primeira rodada - Grupo 2: Mu de Áries (Luck) X Fenrir de Alioth (Ricky-Oh)

por Convidad Sex Out 08, 2010 10:26 pm

Bem, conhecem as regras. O prazo de todas as lutas é de vinte dias e não podem ser prorrogados. Após 4 dias sem postagem, W.O. Para uma ser levada a julgamento deve conter no mínimo 3 posts de cada participante. Boa sorte.

por **-Mu de Áries-** Sáb Out 09, 2010 4:51 pm

-Mu de Áries-

-Mu de Áries-: Administrador; Mensagens : 1306
Data de inscrição : 20/02/2010

Mensagem nº2

Re: Primeira rodada - Grupo 2: Mu de Áries (Luck) X Fenrir de Alioth (Ricky-Oh)

por -Mu de Áries- Sáb Out 09, 2010 4:51 pm

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O alvoroço parecia inextinguível. O som dos disparos era quase ensurdecedor e, a todo instante, sinalizadores avermelhados cortavam o céu da aurora. Pouco a pouco, a madrugada desvanecia, se perdendo no brilho ofuscante do sol que brotava das montanhas, além do Bog of Allen¹. Era primavera. O primeiro dia de primavera na Irlanda. Em todo St.Stephen’s Green as flores nasciam para a morte prematura conforme as bombas caíam sobre o solo, explodindo e lançando seus estilhaços para o céu, como farpas de vidro no horizonte. A fé e o ódio caminhavam juntos, lado a lado, de costas para a cruz de seu salvador².

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“Por quê? Por quê? Por quê...”

As tropas verdes do exército Irlandês tomavam as ruas de Dublin ao fim da madrugada. Os canhões apontados para o céu como lanças. E o ruído seco e triste da pólvora fazia com que os moradores se comprimissem em sua própria alma. Ele olhava tudo aquilo com a incredulidade dos que possuíam o amor em seu coração e, por um instante, se sentia petrificado, até que o disparo de um fuzil colidiu cegamente contra sua armadura, causando um frisson em seu âmago ao ver a fagulha dourada que o projétil produzia ao colidir com o ouro de sua armadura.

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“O que você faria se estivesse aqui... Mestre...?”

Por todos os lados do St. Stephen’s Green, a guerra era deflagrada. Os vultos dos desesperados passavam frente a seus olhos, mas tudo o que ele conseguia captar era o gosto amargo da impotência. Conseguia ler no olhar daquelas pessoas o ódio, a desesperança e a intolerância como o único desfecho possível para aquela torrente de acontecimentos. Seus punhos se cerravam, parecia lentamente correr um rancor em suas veias, mas era um rancor de si mesmo. Aos poucos, a centelha vital de Áries começou a ser alimentada por um triste sentimento que lhe consumia. Seus olhos se cerraram sob as pálpebras, e o orvalho de sua tristeza escorreu pelo rosto branco. Foi então que sua voz ribombou como um trovão, levada pela força telepática de sua manifestação espiritual.

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- Parem com isso... o que estão fazendo, filhos do Deus da Bíblia³? Vocês se dizem seguidores de Jesus Cristo em suas igrejas e templos, mas agem como se fossem filhos do verdadeiro mal! O homem que vocês chamam de salvador não veio ao mundo para pregar o ódio e a intolerância. Se vocês colocam as denominações religiosas de suas igrejas acima da verdade de seu Deus, então vocês são hipócritas, e não merecem Seu amor...

Ao ouvirem a voz em suas mentes e perceberem o ser que exalava a luz do ouro de seu corpo, os guerrilheiros se assombraram e caíram prostrados, como se estivessem a ver um anjo. Um deles, de testa no chão, lhe indagou: “És tu, messias, o que vem nos buscar?”. Um a um, largavam suas armas no chão, temerosos, e sentiam o vento quente que lhes circundava e nascia do corpo do cordeiro, mas aquele não era o Cordeiro de Deus*, mas um outro cordeiro, vindo ao mundo para servir à justiça e a paz.

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- Não... eu não sou seu salvador ou um messias. Eu sou um enviado da luz, para que se purgue toda treva. Eu sou um filho das estrelas que formam a constelação de Áries. Não desejo utilizar de violência, e por isso peço para que reflitam e dêem uma chance para a vida, para o amor, porque ele será a luz de seus corações, e os guiará para o entendimento. Façam isso não por mim, mas pelo homem que chamam de Messias.

Foi então que um homem se ergueu e deliberadamente ergueu seu fuzil em direção a Mu, dizendo: “Você é um farsante. Um anjo vestido de azul, que manipulava a preciosa ametista e fazia com que as raízes das árvores subissem aos céus por seu único desejo veio antes de você e disse que apenas extinguindo aqueles, os filhos da perdição, os que se dizem seguidores de Jesus, mas que são seguidores do falso profeta, encontraríamos a paz. Ele, que veio das terras longínquas de Asgard, Norte do Mundo, com espada de fogo em punho... ele nos disse que outros viriam e que fariam grandes feitos, mas que era para crermos nele, pois assim serviríamos a Deus...” E os demais se ergueram enfurecidos e se voltaram contra Mu. Havia sido derrotado. Mas, ao fim de tudo, havia uma explicação. Não, não usaria a força. Não lhe competia fazer aquilo, embora outros o fizessem. Jamais levantaria sua mão, mesmo contra eles.

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- Pois bem. Fizestes sua escolha, Irlandeses. Eu vim trazer a esperança, mas parece que vocês não desejam recebê-la. Espero que um dia encontrem a paz. Adeus... -

E assim, desapareceu.

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- Asgard...

O frio, ao qual não estava acostumado, batia em seu rosto sem piedade. Se não fosse a armadura, certamente sucumbiria à condição daquele local. Os olhos passavam pela imensidão de neve e nada do que ele via destoava do branco, com exceção à imensidão do céu. Já andava há mais de uma hora e a brancura eterna daquela imensa planície era a única coisa que conseguira observar naquele local. No entanto, os passos continuavam, um a um, afundando hora ou outra na neve, e salpicando seu rosto e seu cabelo com pequenos grãos de gelo. Seu lábio estava, lentamente, se “rachando”, e vez ou outra ele o mordiscava para umedecê-lo. Finalmente, estava em Asgard...

[Off:] Bem, o enredo é o seguinte: Mu é enviado em uma missão de paz à Irlanda por Athena, logo após a morte de Saga. Botei 1991 na data para dar uma cara de “realidade” ao jogo. Para quem não sabe, o Irã, durante mais ou menos duas décadas, viveu em intensa tensão por conta do grupo separatista católico Ira, que era contra a maioria protestante. Então, por saber disso, Athena o enviou em paz para tentar apaziguar a situação. No entanto, ocorre que ele ouve, como está bem explicado no turno, sobre um ser vestido de azul com espada de fogo. Este é Alberich, que foi à Irlanda para começar seu plano de dominação no mundo, desviando o olhar da mídia mundial para a Irlanda, deixando o cenário pronto para que, em Asgard, ele pudesse conseguir traçar seu plano à risca. Sabendo que em Asgard as coisas não estavam “certas”, Mu resolve ir até lá investigar. Então, ocorrerá o encontro com Fenrir.

¹ - Bog of Allen é uma região pantanosa da Irlanda.
² - O salvador citado é Cristo, porque a Irlanda é inteiramente Cristã, tendo a divisão entre Católicos e Protestantes.
³ - O termo filhos do Deus da Bíblia se refere ao fato de que todos aqueles seguidores a Jesus Cristo foi dado que se chamassem filhos de Deus.
* - Metáfora para explicar que apesar de Mu vir em paz, vestido de ouro, e como guerreiro, ele não é Jesus, que, segundo o livro do Apocalipse, virá do céu com luz, poder e glória. A constelação de Áries é conhecida também como constelação do Cordeiro. Cordeiro é também como Jesus Cristo é conhecido: O Cordeiro de Deus.

Bem, espero que tenham entendido tudo. Boa sorte, Ricky-Oh, e que vença o melhor.